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Cine’Eco distingue “Rumo à Eternidade”

Documentário sobre enorme depósito nuclear em construção na Finlândia conquistou também o Prémio da Juventude

O documentário “Rumo à Eternidade”, de Michael Madsen, foi o grande vencedor do 16º Cine’Eco – Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Ambiente de Seia, que terminou no sábado.

Resultando de uma co-produção italo-sueco-dinamarquesa, o filme vencedor da “Campânula de Ouro” – no valor de 3.750 euros – e do Prémio da Juventude leva o espectador a cinco quilómetros sob a terra onde o Governo da Finlândia está a construir um enorme depósito nuclear para enterrar os seus resíduos. O “Onkalo” (palavra finlandesa para “esconderijo”) é um túnel com quase cinco quilómetros que deve ser selado até 2100, permanecendo intacto pelo menos 100 mil anos. Nesta edição, o Prémio Especial do Júri foi para “Um Grau Faz a Diferença”, do dinamarquês Eskil Hardt. Os restantes galardoados do Cine’Eco foram “Chaparri, Os Sete Ursos da Montanha Sagrada”, de Granger-Charles-Dominique e André Charles-Dominique (França), que recebeu o Prémio Educação Ambiental; “Vida à Venda”, de Yorgos Avgeropoulos (Grécia), vencedor do Prémio Água; e “Efeito Reciclagem”, de Sean Walsh (Brasil), ao qual foi atribuído os prémios Valorização de Resíduos e Lusofonia.

Na secção Vida Natural, o vencedor foi “Xingu, A terra Ameaçada”, de Washington Novaes (Brasil), enquanto “As Horas do Douro”, de António Barreto e Joana Pontes (Portugal), ganharam na categoria de Antropologia Ambiental. O Prémio Polis foi para “Reidy, a Construção da Utopia”, de Ana Maria Magalhães (Brasil) e o galardão com o nome do falecido actor Camacho Costa foi atribuído a “Recife Frio” – de Kleber Mendonça Filho (Brasil). O documentário “Pelos Trilhos do Andarilho”, de Rodrigo Lacerda (Portugal), conquistou o Prémio Etnografia. O júri internacional, presidido pelo realizador português Fernando Lopes, destacou «a elevada qualidade média de todos os filmes submetidos a concurso». O Cine’Eco é o único festival português dedicado ao ambiente, sendo organizado anualmente pelo município de Seia desde meados da década de 90.

Realizador Michael Madsen guia o espectador pelo “esconderijo”

Cine’Eco distingue “Rumo à Eternidade”

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