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CIMBSE quer aproveitar reprogramação dos fundos comunitários

Carlos Filipe Camelo foi empossado na presidência da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela e assume como prioridades a captação de mais recursos financeiros dos quadros comunitários de apoio para promover o desenvolvimento da região.

Manter a coesão dos 15 municípios do território das Beiras e Serra da Estrela e preparar a reprogramação do atual quadro comunitário são as prioridades do novo presidente da Comunidade Intermunicipal formada por doze municípios do distrito da Guarda e três da Cova da Beira.

Carlos Filipe Camelo (PS) foi empossado na terça-feira, em reunião do Conselho Intermunicipal realizado na Guarda, e tem como vice-presidentes os autarcas Manuel Fonseca (Fornos de Algodres, PS) e Rui Ventura (Pinhel, PSD). «O maior desafio que se coloca à CIM num espaço temporal já curto é a possibilidade de reprogramações que podem ser feitas no âmbito do nosso pacto. Isso não quer dizer que vamos receber mais dinheiro para além do que foi contratualizado, mas que poderemos reafectar as prioridades do pacto com as mesmas verbas a poderem ser aplicadas em ações diferentes», disse o também presidente da Câmara de Seia. Na sua opinião, este é «um desafio para os 15 no entendimento que tem que ser conseguido para a transferência de valores». O presidente da CIMBSE acredita também que nesta reprogramação do quadro comunitário 2014-2020 poderá ser possível «ver reforçados alguns valores do pacto» da comunidade intermunicipal. Está prevista uma reunião para o início de abril para «fecharmos as nossas propostas para aproveitar a reprogramação».

Carlos Filipe Camelo espera ainda começar a preparar o “Horizonte 20-30” e mobilizar os autarcas para «desenhar o quadro de ações que queremos privilegiar nesse próximo quadro comunitário». Numa região que enfrenta o despovoamento, o envelhecimento da sua população e o empobrecimento, a estratégia passará também pela cooperação transfronteiriça, que «não foi ainda desenvolvida de forma cabal pela CIMBSE», admite o responsável. O objetivo é aproveitar «ao máximo» os fundos comunitários para promover desenvolvimento, «o que só alcançaremos se conseguirmos no contexto do território gerar crescimento, criar riqueza, para a podermos repartir e melhorar a qualidade de vida dos nossos concidadãos», acrescentou. O presidente da Comunidade considerou ainda necessário a CIMBSE «não estar fechada em si mesmo», devendo «abrir-se aos diversos atores, sejam públicos ou privados» em relação aos diferentes níveis de ação territorial e em campos como o económico, o social, o cultural ou a saúde.

Após o conturbado processo que levou à sua eleição, Carlos Filipe Camelo sublinha que «não há clivagem» entre os eleitos da Beira Interior Norte e da Cova da Beira. «Há um espírito de coesão na CIMBSE. Há momentos de divergir e outros de convergir numa solução que está acima de todas essas problemáticas. A partir de agora é trabalhar todos no mesmo sentido», assumiu o responsável. O mandato da nova presidência da Comunidade Intermunicipal termina em 2019. Nos dois anos seguintes presidirá o autarca de Gouveia Luís Tadeu (PSD), tendo como vice-presidentes Esmeraldo Carvalhinho (Manteigas, PS) e António Machado (Almeida, PSD). Sedeada na Guarda, a CIMBSE é constituída pelos municípios de Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Meda, Pinhel, Seia, Sabugal e Trancoso (todos do distrito da Guarda) e Belmonte, Covilhã e Fundão (distrito de Castelo Branco).

Luis Martins «Só teremos desenvolvimento se conseguirmos gerar crescimento e criar riqueza no território», avisa Carlos Filipe Camelo (à direita na foto)

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