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Cidadãos e investigadores ajudam a referenciar biodiversidade da Serra

O GeObserver começou a desenhar mapa da fauna e flora graças às informações inseridas pelos visitantes do parque natural

A iniciativa “Vamos criar o mapa da biodiversidade da Serra da Estrela”, levada a cabo em maio e junho, possibilitou ao GeObserver criar uma base de informações que permite «começar a desenhar o mapa das espécies, sazonalidades e rotas migratórias», anunciou a equipa que está a monitorizar este sistema de informação geográfica.

O projeto envolve a Associação Amigos da Serra da Estrela A(SE), o Instituto Politécnico de Setúbal, a Quercus, o CISE (Centro de Interpretação da Serra da Estrela) e o Cervas – Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens). Mas conta sobretudo com o envolvimento de cidadãos e entidades que registaram espécies animais e vegetais que avistaram, contribuindo assim para o melhor conhecimento da biodiversidade da Estrela.

O objetivo é criar mapas virtuais e informação sobre a biodiversidade da montanha mais alta de Portugal continental. De acordo com os promotores, a iniciativa revelou algumas surpresas, «desde cidadãos comuns de vários pontos do país que registaram observações feitas enquanto visitavam a Serra, especialistas e investigadores nacionais e estrangeiros que inseriram dados de estudos feitos e desconhecidos da maior parte das pessoas e até foi necessário antecipar a criação de um novo módulo de fungos solicitado por utilizadores e visitantes da plataforma».

O cruzamento de dados permitiu também determinar a existência e localização de uma espécie que se pensava extinta na Serra da Estrela e que foi «confirmada com visitas ao local». Contudo, «como medida de proteção», ela ainda não pode ser divulgada. O GeObserver adianta que o registo de observações prossegue e pode ser feito através do site da plataforma (www.geobserver.org). «Aliás, um verdadeiro mapa da biodiversidade de uma zona só é passível de ser feito e consistente com dados históricos e atuais, ou seja, com a continuidade dos registos», lê-se num comunicado, que revela igualmente que há contactos para aplicar o sistema do GeObserver no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique.

Projeto permitiu localizar espécie que se considerava extinta na Serra da Estrela

Comentários dos nossos leitores
Tiago Cardoso tiagop777@hotmail.com
Comentário:
Faltam iniciativas destas no país!
 

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