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Certificação de serviços avança na Câmara da Guarda

Aberto concurso público para silo-auto de 500 lugares junto à escola de Santa Clara

A Câmara da Guarda iniciou na semana passada o processo de certificação de qualidade dos seus serviços com base na norma NP EN ISO 9001:2000. A novidade foi divulgada na última reunião do executivo pelo vereador Vítor Santos, que pretende introduzir «eficácia e eficiência» no atendimento ao utente/cliente. Por enquanto, apenas o funcionamento das áreas administrativa, recursos humanos e obras particulares vai ser analisado por técnicos da Associação Empresarial de Portugal (AEP) e da Inova SA, duas entidades já certificadas neste trabalho, «o que nos dá boas garantias», acredita.

«Este trabalho consiste em diagnosticar as fragilidades e potencialidades da Câmara nestas áreas, para além de criar regras de funcionamento e melhorar relação munícipe/município», destaca Vítor Santos, que espera que esta intervenção tenha um efeito de arrastamento nos restantes departamentos da autarquia que não estão abrangidos nesta fase inicial. «Isto é, que sirva de motivação para que também eles sigam os princípios traçados e melhorem o seu desempenho no serviço prestado ao cidadão», acrescenta. Entretanto foi apresentado o primeiro balanço das mudanças no atendimento ao público. O relatório, divulgado na reunião, revela que cerca de 4.800 utentes, em média, procuram mensalmente os serviços municipais, enquanto que entre 800 a 900 cidadãos foram atendidos no período da hora de almoço em Janeiro e Fevereiro. A secretaria e a secção das obras particulares são os serviços mais solicitados, seguidos da Presidência e do departamento financeiro. No entanto, a sessão ficou novamente marcada pela divergência entre maioria e oposição quanto ao regresso de Álvaro Guerreiro como consultor jurídico. O assunto voltou ao executivo por proposta de Joaquim Valente, que solicitou a actualização da avença, cerca de 300 euros mensais, com base na taxa de inflação.

Como sempre neste assunto, o PSD votou contra. «Não aceitamos o regresso de Álvaro Guerreiro e os respectivos pareceres que o sustentam, porque não nos parece ser um acto de transparência», disse José Gomes, considerando que a avença «caducou há oito anos». O vereador disse mesmo que muitos juristas terão motivos para se sentirem «maltratados» com o comportamento da Câmara, que «é de todos e para todos». O presidente negou haver qualquer situação de favorecimento, sublinhando que Álvaro Guerreiro é uma «mais-valia» para o município, pois é um jurista de reconhecido mérito e já conhece os dossiers, que vai ter «a oportunidade de retomar». Unanimidade grangeou a abertura do concurso público para a concepção, construção e exploração de um parque subterrâneo de estacionamento no Largo Dr. João Soares, junto à escola de Santa Clara. Os social-democratas não tiveram acesso à respectiva documentação – por lapso dos administrativos –, mas votaram favoravelmente a proposta. Trata-se de um silo-auto, a construir a dois passos da Praça Velha, com cerca de 500 lugares e a custo zero para o município. «Temos conhecimento de algumas empresas interessadas», disse o presidente. Por sua vez, José Gomes entende ser necessário um estudo «mais global» do estacionamento da cidade dado existir o parque do TMG, o estacionamento nas ruas e o futuro centro comercial da Avenida dos Bombeiros. «É uma malha a pensar», sugeriu.

Luis Martins

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