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Cereja da Cova da Beira no Reino Unido e Polónia

Exportações à experiência vão crescer este ano para novos mercados europeus

Apesar de ser quase toda destinada ao mercado nacional, a cereja da Cova da Beira vai este ano chegar à Inglaterra e Polónia, anunciaram as associações ligadas à produção. Segundo José Rapoula, presidente da Cooperativa de Fruticultores da Cova da Beira (CFCB), a produção de cereja naquela região deverá em 2005 manter-se ao nível dos anos anteriores, «entre cinco e seis mil toneladas». Mais optimista, Marques Francisco, presidente da Associação de Produtores de Cereja da Cova da Beira (CERCOBE), acredita que a produção global na Cova da Beira «pode chegar às oito mil toneladas».

No entanto, a comercialização da esmagadora maioria da cereja não passa pelas duas entidades ligadas ao sector existentes na Cova da Beira. A CFCB prevê receber até 400 toneladas de cereja, valor que deverá ser inferior no caso da CERCOBE. «Muitos produtores comercializam eles próprios a cereja ou encontram os seus próprios canais de distribuição», explica José Rapoula. A cereja recebida pela CFCB e CERCOBE tem como principais destinos as grandes superfícies e mercados abastecedores nacionais, mas estão em curso algumas experiências de internacionalização. Pelo segundo ano consecutivo, a CFCB vai vender cereja para fora do país, através de uma empresa espanhola. No último ano foi exportada tonelada e meia de fruta da Cova da Beira, «a experiência foi positiva e este ano voltámos a receber pedidos de encomenda», adianta aquele responsável.

A quantidade de cereja vendida para o estrangeiro deverá aumentar e a Inglaterra será um dos principais destinos das exportações. No caso da CERCOBE, um grupo de distribuição nacional com filiais no estrangeiro lançou o desafio à associação, que vai fazer uma experiência de exportação para a Polónia. «Trata-se de um produto delicado, que tem de ser trabalhado com muito cuidado. A exportação é por isso mais arriscada», garante Marques Francisco, que, no entanto, acredita que a Cova da Beira tem «das melhores cerejas do mundo». Segundo estes responsáveis, a seca não deverá ter grandes efeitos na produção de cereja. «Poderá apenas prejudicar o calibre (tamanho) do fruto», referem. Desde meados de Maio que se iniciou a apanha da cereja, que dura até final de Julho, atingindo o pico a meio de Junho.

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