Um seminário sobre os sistemas de fortificação na fronteira, um mercado oitocentista e exposições sobre o quotidiano militar nas Guerras Peninsulares e o espólio das escavações do castelo são algumas das atividades que complementam a recriação histórica do cerco de Almeida, que acontece este fim-de-semana.
Esta é a única batalha recriada anualmente no nosso país e integra a Rede Internacional das Batalhas Napoleónicas, envolvendo anualmente mais de duas centenas de figurantes, numa organização da autarquia. O objetivo é reconstituir os acontecimentos de 1810 durante a IIIª Invasão Francesa, cujas tropas entraram em território nacional por Almeida e encontraram na vila amuralhada um sério obstáculo à sua progressão. Dado o seu valor defensivo, a praça sofreu obras e recebeu reforços humanos e materiais para ganhar o tempo necessário à preparação das operações de defesa subsequentes. Contudo, uma violentíssima explosão no paiol principal a 26 de agosto levou à sua capitulação. Tudo começa amanhã à noite com as rondas de sentinelas no perímetro das muralhas. No sábado acontecem as cerimónias evocativas, com um desfile até à Praça Alta para homenagem aos mortos no cerco e ao general inglês John Beresford. O acampamento histórico com oficinas pedagógicas abre ao público depois de almoço e, à noite, será recriado o assalto à fortaleza por parte do exército anglo-luso.
No domingo, a história repete-se com a reconstituição da retirada e perseguição das tropas invasoras entre os baluartes de S. Pedro e de Santo António. Além desta viagem na história, o programa inclui um desfile de trajes oitocentistas (amanhã à noite), o espetáculo “Grandes Clássicos da Ópera – Canções Napolitanas” (sábado à noite), música e animação de rua. O evento é organizado pela autarquia, o Centro de Estudos de Arquitetura Militar de Almeida e o Grupo de Recriação Histórica local.
