O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) desmentiu terça-feira que o serviço de Obstetrícia daquela unidade para onde estão ser encaminhadas as grávidas da Guarda tenha solicitado apoio a especialistas do Sousa Martins ou avisado que já não havia lugar para mais grávidas na Covilhã. A informação circulou nesse dia na Guarda, mas o médico é categórico: «Em termos de infraestruturas, o Centro Hospitalar está desenhado para realizar mais partos ao longo do ano do que aqueles que tem feito até agora. Neste momento não há constrangimentos no bloco de partos, o único problema continua a ser a carência de recursos humanos, mas isso é um problema nacional», explicou Miguel Castelo Branco a “O Interior”. Contudo, o presidente do CHCB não esconde que se a situação se mantiver por muito mais tempo na Guarda – «o que espero que não aconteça», realça -, «terá que haver acertos nos nossos serviços». O médico acredita de resto que é possível encontrar soluções para resolver os problemas da saúde infantil na região, sugerindo, nomeadamente, a colaboração entre os serviços da região. Quanto à maternidade da Guarda, Miguel Castelo Branco diz-se convicto que o encerramento «não será um processo definitivo» e que é apenas uma «fase de crise que a maternidade está a ultrapassar e que vai ser resolvida», espera, recordando o esforço «louvável» realizado pela ARS Centro nos últimos anos para resolver a carência de pediatras na Guarda.