Ainda a ser alvo de alguns trabalhos, o Centro Escolar da Sequeira tem abertura marcada para 14 de setembro. O novo estabelecimento que foi construído no local onde antigamente funcionou a Cooperativa das Frutas da Guarda vai abrir com oito turmas do primeiro ciclo e duas do pré-escolar, num total de cerca de 170 alunos. A maior parte das crianças que vão estrear o equipamento são provenientes da escola do primeiro ciclo e do jardim de infância da Sequeira, além de algumas oriundas das escolas da Estação e da Arrifana.
O diretor do Agrupamento de Escolas Carolina Beatriz Ângelo, que integra o novo Centro Escolar, confirma que, «se o empreiteiro entregar a obra à Câmara no devido tempo e a autarquia nos ceder o Centro nos primeiros dias de setembro, a abertura terá lugar dia 14», uma quarta-feira. José Grilo dos Santos explica que esse primeiro dia será dedicado «para alunos do primeiro ano do primeiro ciclo e para as crianças que chegam pela primeira vez ao jardim de infância». Uma prática que já é habitual e que visa que os alunos «mais novos» possam ficar a conhecer as novas instalações na companhia dos encarregados de educação para os ajudar a desfazer eventuais «receios» que possam ter na mudança para uma nova realidade. De resto, apesar de nenhum dos novos alunos, independentemente do ano que vão frequentar, conhecer o novíssimo Centro Escolar, o responsável sublinha que «o impacto da mudança nos mais novos é sempre maior».
Assim, o dia 15 «também será de apresentação» para os outros alunos. No seu primeiro ano de funcionamento, está programado que o Centro Escolar da Sequeira acolha oito turmas do primeiro ciclo e duas do pré-escolar, o que deverá perfazer um total entre «os 160 e os 170 alunos», isto quando o estabelecimento «tem capacidade para 250», de acordo com o diretor do Agrupamento de Escolas. José Grilo dos Santos salienta que «estávamos à espera que viessem mais alunos da Escola da Estação». As restantes crianças serão provenientes da escola do primeiro ciclo e do jardim de infância da Sequeira, bem como da escola da freguesia da Arrifana, estes em número muito reduzido. O professor lembra que, inicialmente, «era suposto que os alunos do Carpinteiro e da Castanheira também pudessem vir para o Centro», mas a Câmara «optou por continuar com essas escolas abertas». E acrescenta: «Não temos nada a opor e defendemos que as escolas com mais de 10 alunos devem continuar abertas para ajudar a combater a desertificação».
O vereador responsável pelo pelouro da Educação no município da Guarda confirmou a O INTERIOR que a inauguração do Centro Escolar está prevista para 14 de setembro. Atualmente, estão a realizar-se «trabalhos de acabamentos», sendo que «o mais difícil está tudo feito», adianta Virgílio Bento. A adjudicação da aquisição de mobiliário, equipamento e material didático foi aprovada na última reunião do executivo, realizada na segunda-feira, e o vereador refere que o prazo estipulado para a entrega é de um mês, daí que «até fins de agosto deverá estar tudo instalado».
EB 1 da Estação continua aberta
A abertura do novo Centro Escolar da Sequeira não implica o encerramento de todas as escolas da freguesia de São Miguel. Apenas fecha a escola do primeiro ciclo e do jardim de infância da Sequeira, enquanto a EB1 da Estação, por exemplo, vai permanecer em funcionamento.
Quem já não vai continuar na escola da Estação é um grupo de 24 alunos que transitou para o quarto ano do ensino básico e que frequentará o novo equipamento, isto depois dos seus pais terem promovido um abaixo-assinado em que manifestavam o seu descontentamento pela solução de serem transferidos para a C+S de S. Miguel. Os encarregados de educação pretendiam que os seus educandos permanecessem na Escola da Estação, mas uma vez que «essa possibilidade não foi colocada» optaram por inscrevê-los no novo Centro Escolar. Teresa Forte, uma das subscritoras e mãe de um aluno, salienta que «preferíamos que os nossos filhos ficassem na escola da Estação», até porque essa solução permitia que «continuassem com a mesma professora». A ida para a C+S de S. Miguel não agradou aos pais porque os seus filhos iriam para um estabelecimento onde andam crianças «mais velhas e não me parece que isso seja correto». A encarregada de educação frisa que, «à partida, o Centro terá boas condições mas só depois de aberto é que o poderemos confirmar», lamentando que «um Centro Escolar que é novo não possa reunir os alunos de todas as escolas da freguesia, independentemente do agrupamento a que pertencem porque isso permitiria às crianças continuarem com os mesmos professores».
Obra custou 2,3 milhões de euros
As obras do Centro Escolar da Sequeira, adjudicadas por um valor que ronda os 2,3 milhões de euros, arrancaram em setembro de 2009. O estabelecimento terá 12 salas para o 1º Ciclo do Ensino Básico e três para o ensino pré-escolar, assim como salas para atividades extra-curriculares, para prolongamento de horário, uma biblioteca, centro de recursos para alunos com necessidades educativas especiais, unidade multi-deficiência, ginásio, cantina e refeitório, entre outros espaços. O equipamento funcionará, em termos de horário letivo, das 9 às 12 horas e das 14 às 16 horas, sem prejuízo do período destinado ao almoço das crianças, que será fornecido entre as 12 e as 14 horas.
Ricardo Cordeiro