A comemorar 50 anos de existência, o Centro Cultural da Guarda pondera apostar na reativação do grupo teatral que já teve em tempos. A efeméride foi assinalada no último sábado, numa cerimónia em que foram homenageados os colaboradores dos diversos grupos com 25 ou mais anos de casa.
No seu discurso, o presidente do Centro Cultural salientou que a atividade «nunca foi interrompida» e que a associação constitui um «centro de referência de inúmeros cantores, atores, apresentadores e jornalistas da nossa praça». Albino Bárbara sustentou que «são 50 anos de vida, de luta, de labutas, de cansaços e de muita gente que passou por esta casa», sendo que a «prenda ideal» nesta efeméride é «respeitar o que os nossos antepassados e os fundadores do Centro nos deixaram, que é fazermos esta vivência de respeitar o passado, viver muito bem o presente e continuar a perspetivar o futuro». Nesse sentido, e sob o lema “Pela Guarda, pela arte e pela cultura”, o dirigente garante que «não gostamos de andar de mão estendida seja para quem for» e que isso «não tem qualquer tipo de lógica em associações como a nossa», realçando que a coletividade abrange mais de 400 pessoas, entre trabalhadores, estudantes e colaboradores.
Albino Bárbara advertiu, de resto, que «não queiram destruir uma coisa destas, mas também não temos que ser os pedintes sistemáticos de mão estendida», considerando que «os diversos poderes têm obrigação de olhar com outros olhos para instituições como estas». Sobre o futuro, o dirigente sustentou que «neste momento estamos a consolidar apenas os projetos que temos porque não nos podemos “meter em aventuras”, mas há um que começa a ganhar alguma forma, que é um grupo de teatro». Albino Bárbara admite que «há algumas pressões nesse sentido» e que «ainda nada foi decidido, mas estamos a estudar a parte teatral que já tivemos e onde deram os primeiros passos muitos atores que neste momento estão no panorama nacional, como, por exemplo, o José Neves». Durante a cerimónia foram entregues diplomas aos elementos que fazem parte de grupos como o Rancho Folclórico, Conjunto Rosinha, Orfeão e Coro Sénior, há mais de 25 anos.