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Celorico com pré-diagnóstico social

Estudo é o ponto de partida para erradicar e atenuar situações de pobreza e de exclusão no município

Os parceiros da Rede Social do concelho de Celorico da Beira aprovaram na semana passada, por unanimidade, o pré-diagnóstico do programa apresentado numa reunião do Conselho Local de Acção Social. Este documento permite um conhecimento da realidade social do município em termos da demografia, educação, saúde, emprego, actividades económicas, acção social e habitação, tendo em vista a posterior implementação de medidas concelhias para erradicar e atenuar situações de pobreza e de exclusão.

De acordo com o estudo, o concelho celoricense está a viver um acentuado processo de desertificação e de envelhecimento da sua população, tendo registado nos Censos 2001 mais de 8.800 residentes e uma densidade populacional de 111,4 habitantes por quilómetro quadrado. Durante o período intercensitário de 1991/2001, Celorico da Beira apresentou um aumento da taxa de mortalidade em 15,2 por cento, enquanto a taxa de natalidade se situou nos 6,2 por cento. Nesse sentido, há cada vez mais idosos inscritos no Centro de Saúde da vila, onde 1.424 indivíduos têm idade superior a 74 anos. Os dados relativos aos níveis de instrução também não são famosos, já que é o primeiro ciclo completo que mais se destaca com 2.564 pessoas, seguindo-se a população sem instrução (1.696 pessoas). Para combater estes números, os parceiros sociais têm apostado nos cursos extra-escolares, que proporcionam uma promoção e facilitação de percursos de educação e formação. No campo do emprego, e com base nos últimos indicadores facultados pelo IEFP da Guarda, a faixa etária mais representada situa-se até aos 25 anos e entre os 41 e 50 anos de idade, que dispõem no município de programas ocupacionais para carenciados e subsidiados. O estudo conclui também que a agricultura (de subsistência) e a silvopastorícia são as actividades que mais contribuem para as receitas disponíveis da população. Relativamente à habitação, refere-se que a maioria das casas tem mais de 34 anos e que existem 1.894 edifícios vagos (para venda, aluguer, demolição, etc.). Os resultados deste pré-diagnóstico dão ainda conta que, no âmbito da acção social, existe uma cobertura em quase todas as freguesias do concelho de equipamentos sociais para idosos, salientando que apenas uma instituição não possui acordos de cooperação com o Centro Distrital de Solidariedade Social da Guarda.

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