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Celoricense regressa ao “convívio dos grandes”

Triunfo em Pala garantiu a subida e a possibilidade de chegar ao título de campeão da IIª Divisão ainda está em aberto

O Celoricense foi a Pala fazer a festa da subida de divisão ao escalão maior do futebol distrital graças a um triunfo por 2-1. Apesar de não depender só de si, a equipa de Celorico da Beira ainda acalenta alguma esperança de chegar ao título de campeão, mas para isso tem de ganhar e esperar que o líder São Romão perca.

Os visitantes entraram ao ataque e, logo aos 4’, Rui Duarte rematou para Aires defender para fora. Na sequência do canto, após vários ressaltos, Bolsa, de costas para a baliza, tocou de calcanhar e inaugurou o marcador. Os locais não conseguiam sacudir a pressão e Rui Duarte voltou a testar os reflexos de Aires aos 9’. Volvidos oito minutos, o Pala esteve perto do empate, mas Sérgio permitiu a defesa a Luís. Aos 25’, o Celoricense quase ampliou a vantagem numa boa combinação entre Rui Duarte e Nelson que, no coração da área, atirou ligeiramente por cima. Aos 36’, numa jogada a meio-campo, João Pedro sofreu falta de Becas, reagiu mal e foi expulso, numa decisão do árbitro que nos pareceu exagerada.

Em inferioridade numérica, o Pala entrou mais ofensivo no segundo tempo e cedo chegou ao empate em mais um lance polémico. Num canto, Sérgio cabeceou para defesa de Luís e na recarga Ginha cabeceou para Ricardo cortar com a perna em cima da linha. Contudo, Rui Fernandes entendeu que o defesa afastou a bola com a mão, marcou penálti e expulsou o jogador. Indiferente aos protestos, Fábio converteu o castigo máximo e restabeleceu a igualdade. Os visitantes reagiram, reclamaram duas grandes penalidades e chegaram ao golo do triunfo aos 76’, num excelente remate de fora da área de Carvalheda. O Pala esteve novamente perto de empatar aos 80’, só que o remate de Fábio saiu ao lado. O mesmo jogador ainda tentou marcar de canto direto e Pedro, de livre, também assustou.

Aos 90’, foi a vez de Marcelo desenhar uma boa jogada individual e pouco faltou para fazer o terceiro dos visitantes. Já em tempo de compensação, Rui Fernandes, que fez um mau trabalho, expulsou mais dois atletas, um de cada equipa. Na hora dos festejos, o técnico celoricense considerou que a equipa obteve uma vitória «muito merecida» numa partida em que «jogámos contra tudo e contra todos». Quanto à subida, «não era o objetivo inicial, mas é um prémio bem merecido para esta equipa», realçou António Morgado. Já o capitão de equipa, o veterano Rui Ascensão, recordou que o plantel resultou de «um grupo de amigos que se juntou quase uma semana antes do campeonato arrancar para o futebol não acabar em Celorico da Beira», anunciando que vai pendurar as chuteiras no próximo domingo, aos 39 anos.

Por sua vez, o “presidente-jogador” Luís Faustino sentiu uma «dupla alegria» pela subida, que é um «grande prémio» para uma equipa que inicialmente queria ficar «a meio da tabela». Pelo lado do Pala, o técnico Paulo Barra frisou que os seus jogadores «se bateram muito bem» e que na próxima temporada o clube, com «alguns» reforços, poderá vir a lutar para subir.

Ricardo Cordeiro Atletas de Celorico da Beira fizeram a festa e ainda podem chegar ao primeiro lugar

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