Após não terem comparecido a duas partidas, uma para a Taça de Honra e outra para o campeonato da Iª Divisão Distrital, plantel e equipa técnica do Sporting Clube Celoricense garantem que não vão comparecer a mais nenhum jogo se não receberem qualquer verba.
O técnico da formação de Celorico da Beira adiantou a O INTERIOR que, numa reunião realizada no passado dia 22, o «grupo de trabalho decidiu não comparecer mais a jogos nem a treinos enquanto a situação dos subsídios em atraso não for resolvida». Beto Salvador assegura que «não recebemos qualquer verba desde o início da época, nem transportes nem nada. É inconcebível que isto aconteça e chegou-se a um ponto de ruptura total», sublinha. De resto, o responsável tem dificuldades em acreditar num “volte face”: «Muito sinceramente penso que não vai haver nada de positivo nos próximos dias. Já houve vários jogadores que saíram para outros clubes e mesmo que o Celoricense queira continuar, vai ser difícil arranjar uma equipa competitiva. Já estamos fartos de promessas não cumpridas por parte da Câmara», acusa. E recorda que «já não é a primeira vez que isto acontece», tendo-se vivido a situação idêntica na época de 2005/06 e na seguinte, já no Açores, do mesmo concelho.
O clube tem jogos agendados para este domingo em Gouveia e para dia 10 na recepção ao Vila Cortês. Caso não compareça nas duas partidas, o Celoricense será desclassificado, tal como estabelece o ponto 3 do artº 113 do Regulamento Disciplinar da Associação de Futebol da Guarda, segundo o qual «a falta não justificada de um clube a dois jogos oficiais consecutivos ou a três alternados numa prova a disputar por pontos, além da pena de derrota nos referidos jogos, será punido com a pena de desclassificação, baixa de divisão e multa de 500 euros». Apesar das diversas tentativas, O INTERIOR não conseguiu contactar José Luís Cabral, vereador do Desporto na Câmara de Celorico da Beira, sobre este assunto.
