A concelhia do CDS-PP da Covilhã repudia o episódio que marcou a última reunião pública da Câmara, em que o vereador social-democrata Joaquim Matias colocou o lugar à disposição depois de uma acesa troca de palavras com o socialista Carlos Martins.
«O senhor presidente, apenas pela necessidade de se manter no poder, faz questão de tentar a todo o custo esconder a insustentabilidade desta coligação de interesses pessoais», referem os centristas em comunicado a propósito de um comentário atribuído ao presidente Vítor Pereira, que terá dito «se não se podem dar bem, ao menos que não se deem mal». Para o CDS-PP covilhanense fica assim patente que a «manifesta impossibilidade de mera coexistência entre os vários membros da equipa governativa camarária é avassaladora». Mas as críticas não se ficam por aqui e os centristas acusam o edil socialista de apenas defender «o seu próprio interesse na manutenção do cargo, a todo o custo».
«O senhor presidente, apesar de não ter mão nos seus vereadores, nem nos seus assessores, com graves e manifestos prejuízos para o concelho, faz de conta que tudo está bem, desde que ele se mantenha na presidência da Câmara», acusa o CDS-PP no mesmo comunicado. A concelhia já tinha pedido a destituição de funções executivas de Joaquim Matias, «sob pena de passar a ser responsável, politicamente, em manter na sua equipa alguém que promove e incentiva este tipo de política de autopromoção e autossustentação a todo o custo que sempre repudiámos». Assim, o CDS-PP apoia a concelhia do PSD na decisão de romper o acordo com o PS na Câmara Municipal, mas considera que manter Joaquim Matias na vereação faz dele «um joguete num triste espetáculo político de dependências, necessidades e sobrevivência».
