Arquivo

Cavaco Silva diz que Memorando determinou a sua ação

O Presidente da República considera no Prefácio à edição da sua coletânea de intervenções em 2012, o “Roteiros VII”, que o elemento decisivo a influenciar a sua ação foi o programa de assistência financeira assinado com a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional.

Com o título de “Um presidente em tempos de Crise”, Cavaco Silva refere que a crise não só exige de um Presidente «conhecimento rigoroso da dimensão e razões da crise», como também «uma noção precisa das linhas de rumo« e, mais, «que não se deixe influenciar pelo ruído mediático” nem se deixe “arrastar por pulsões emocionais».

No texto – no qual não se fazem críticas, senão veladas, às opções económicas do Governo – salienta-se também que seria fácil à chefia do Estado utilizar o palco para «engrandecimento pessoal ou intervenções mais ou menos populistas» ou até «alimentar sentimentos adversos à classe política ou até à ação do Governo».

«Esse não é, no entanto, o meu entendimento», escreve Cavaco Silva que, do ponto de vista político, considera que a situação exige «solidez e consistência da coligação governativa» e se diz contra uma crise política grave porque deixaria o país «numa situação ainda mais penosa».

No Prefácio do anterior volume de “Roteiros”, o Presidente fez uma crítica particularmente violenta a José Sócrates, a quem acusou de «falta de lealdade institucional, que ficará registada na história da nossa democracia».

Sobre o autor

Leave a Reply