Os Centros de Atendimento a Toxicodependentes (CAT’s) vão reforçar o combate a outras dependências, como o alcoolismo, anunciou na semana passada o ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira. Uma medida que vai de encontro à reivindicação de Carlos Brito, presidente do Centro de Alcoólicos Recuperados da Guarda, que tem defendido a criação de unidades terapêuticas distritais semelhantes aos CAT. Por ocasião do 20º aniversário da instituição, em Dezembro do ano passado, o dirigente considerou que o tratamento do problema do alcoolismo em Portugal seria «muito mais eficaz» se houvesse em cada distrito estruturas idênticas aos Centros de Atendimento a Toxicodependentes. Dando como exemplo o Centro de Alcoologia de Coimbra, Carlos Brito acredita que «teríamos maior sucesso na recuperação dos doentes e poderíamos ajudar mais rapidamente quem nos procura» se houvesse na Guarda um serviço idêntico. O que pode estar à beira da concretização após este anúncio do ministro da Saúde. «Temos problemas graves de alcoolismo em Portugal e vamos integrar essa luta nos CAT’s, que têm um papel decisivo a desempenhar no combate à toxicodependência», disse Luís Filipe Pereira no final da tomada de posse do presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), Nuno Freitas. Para o governante, «é preciso fazer com que os Centros de Atendimento a Toxicodependentes (45 em todo o país) sejam mais efectivos e que possam ter uma actuação mais amiga».
