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Carveste avança para a insolvência

Primeira Assembleia de Credores da fábrica de confeções de Caria está agendada para 13 de dezembro no Tribunal da Covilhã

Já deu entrada no Tribunal da Covilhã o pedido de declaração de insolvência da Carveste, a fábrica de confeções de Caria que chegou a empregar mais de 500 pessoas no final do século passado.

O procedimento, apresentado pelo administrador da insolvência, foi comunicado pelo Sindicato Têxtil da Beira Baixa (STBB) às últimas 200 trabalhadoras da empresa num plenário realizado na semana passada. No final de julho, a administração suspendeu os contratos de todos os trabalhadores, que reclamam 50 por cento do subsidio de férias de 2009, os salários de junho e julho e o subsídio de férias deste ano. No último plenário, Luís Garra, dirigente sindical, acusou o administrador da insolvência de não se ter «empenhado no recurso ao Processo Especial de Revitalização» e de ter sempre pretendido o fecho definitivo da fábrica. Cenário que se precipitou no início de setembro com a demissão do gerente e fundador da Carveste, Francisco Cabral. «Em vez de apostarem num processo de recuperação para retomar a laboração, está a seguir-se um processo de destruição para, eventualmente, dar cobertura a alguém que possa aparecer como o “salvador da pátria” e criar meia dúzia de postos de trabalho», denunciou ainda o sindicalista aos jornalistas. É que Luís Garra receia que uma empresa criada por anteriores responsáveis da Carveste possa vir a ser a principal interessada na aquisição da fábrica de confeções.

Os credores vão reunir pela primeira vez a 13 de dezembro no Tribunal da Covilhã para analisar e deliberar sobre o relatório do administrador da insolvência, que pode propor um plano de recuperação da Carveste ou recomendar a sua liquidação por não existirem condições para retomar a atividade. A difícil situação financeira da empresa de confeções arrasta-se há vários anos. Apesar de ter encomendas e trabalho, os últimos tempos desta fábrica, que chegou a empregar mais de 500 pessoas, tem sido feita de salários em atraso e paralisações dos seus funcionários. Está fechada desde agosto, estando por pagar 50 por cento do subsidio de férias de 2009, os salários de junho e julho e o subsídio de férias deste ano.

Empresa que chegou a ter mais de 500 trabalhadores está fechada desde agosto

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