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Carlos Pinto anuncia cortes no apoio social e nas obras

Autarca da Covilhã justifica decisão com as medidas de contenção da despesa anunciadas pelo Governo

A Câmara da Covilhã vai tomar medidas de contenção financeira e cortar nas despesas, sendo que as áreas mais afectadas serão o apoio social e as obras nas freguesias. O aviso foi deixado por Carlos Pinto na última sessão da Assembleia Municipal, realizada na passada sexta-feira.

Segundo o autarca, «não há outra opção» depois do Governo ter aprovado medidas adicionais ao Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) que passam pela redução em 100 milhões de euros das transferências do Estado para as Câmaras. No caso da Covilhã, os procedimentos a adoptar só serão abordados numa próxima reunião de Câmara, anunciou Carlos Pinto, que também informou que as obras nas freguesias serão igualmente afectadas. «Algumas das intervenções prometidas terão que ser adiadas durante este período de contenção e redução do investimento», justificou. Crise à parte, os deputados municipais aprovaram, por unanimidade, uma moção a favor da criação do Hospital Central da Covilhã apresentado por Bernardino Gata (PSD).

A missiva surge na sequência do presidente da Câmara ter reivindicado um hospital central para a cidade, após lamentar que em 2010 «ainda se exija aos cidadãos que, nalgumas valências, tenham de continuar a recorrer ao Porto, a Coimbra e a Lisboa», disse Carlos Pinto na sessão solene do 25 de Abril. O assunto também mereceu uma moção, aprovada por unanimidade, na Assembleia Municipal de Celorico da Beira de 30 de Abril, em que os deputados sugerem ao Governo a construção de um hospital central naquele município para servir esta zona do interior do país. A proposta partiu de Albino Bárbara, deputado independente eleito pelo PS, para quem a centralidade do concelho no contexto regional, as boas acessibilidades por auto-estrada – A25, A23 e a futura auto-estrada do Douro Interior – e a disponibilidade de um terreno a ceder para o efeito pela autarquia serão factores a ter em conta caso o Ministério da Saúde concretize a intenção de construir uma unidade hospitalar no interior do país.

«Além do distrito da Guarda, esta opção permite abranger populações do Norte do distrito de Castelo Branco e do Sul do distrito de Bragança, mas também alguns concelhos do distrito de Viseu, de Vila Real e até de Coimbra, nomeadamente Oliveira do Hospital», argumentou na altura. Para o deputado, Celorico da Beira reúne «as condições ideais para acolher este equipamento», graças ao qual «entre mais de 300 mil a cerca de 500 mil pessoas» poderiam ter acesso a cuidados de saúde «de qualidade a menos de uma hora de distância».

«Não há outra opção», garante o autarca

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