Carlos Mineiro, que até aqui desempenhava as funções de chefe de gabinete do presidente da Câmara da Covilhã, foi nomeado administrador executivo da ICOVI – Infraestruturas e Concessões da Covilhã.
No final da última reunião do executivo, realizada na passada quinta-feira, Vítor Pereira confirmou a nomeação por entender que o antigo diretor do Centro Local Beira Alta da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) «podia dar o seu contributo nesse âmbito». O autarca explicou ainda que com a chegada de Hélio Fazendeiro para adjunto «conseguimos colmatar as funções que Carlos Mineiro desempenhava», assegurando que, deste modo, não irá nomear «mais ninguém» para o lugar de chefe de gabinete. O presidente realçou ainda que «temos que nos ir organizando da melhor forma, uma vez que estamos ainda em início de mandato, para sermos o mais eficientes possível e, nesse sentido, estamos a reorganizar o sector empresarial local e também a afinar o nosso trabalho ao nível do apoio à vereação e à presidência da Câmara».
Na mesma reunião foram aprovadas por maioria as contas de gerência de 2013, com a abstenção dos vereadores da oposição. Vítor Pereira garante que o passivo da autarquia é de 124 milhões de euros, enquanto a dívida apurada ronda os 64 milhões. Perante estes números, o autarca entende que «existe uma necessidade premente do município em encetar procedimentos com vista à diminuição do passivo, é urgente que isso aconteça», considerando que «o atual executivo pouco ou nada influenciou estas contas, já que deste exercício só tivemos dois meses e 11 dias de mandato».
A autarquia aprovou ainda, por unanimidade, a transferência de 136.500 euros para o Parkurbis no que Vítor Pereira disse ser um «imperativo legal a que não podemos fugir» e que se destina a suportar o défice que o Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã apresentou nas contas de 2012. O autarca desvalorizou as críticas da oposição, que queria debater a situação financeira da empresa municipal: «Hoje vínhamos aqui apenas para votar esta transferência de verbas, não vínhamos para discutir a situação financeira do Parkurbis», sustentou, anunciando que isso ocorrerá «quando tivermos dados concretos que decorram da auditoria às empresas municipais».