E afinal…não viveram felizes para sempre. Carlos e Diana viveram um casamento amargurado em que nenhum foi feliz. Provavelmente, aconteceu o mesmo à Cinderela só que ela não teve os paparazzi e as revistas do coração a denunciar todos os seus passos. Concluímos afinal, que a vida é mais que um conto de fadas, é mais que uma capa de revista… a felicidade ou a falta dela, é algo que se vive a dois, se cimenta em pequenas grandes coisas e, só eles sabem o que lhes vai no coração.
Carlos voltou a casar. Agora sim, escolheu a mulher que ama há mais de três décadas. Não é uma paixão alimentada por nenhuma fada madrinha, nem pela comunicação social, nem pela família, nem pelos súbditos britânicos, nem por ninguém. É uma paixão alimentada pelos dois, pela sua cumplicidade, pela sua partilha de vida. Pode não ser uma mulher vistosa dentro dos padrões de beleza que imperam neste mundo mediático dos nossos dias mas, consta que é uma mulher inteligente, de forte personalidade e com grande sentido de humor. Uma mulher que se preocupa com Carlos, com a sua vida, com os seus projectos, com os seus sonhos.
Diana pode ter sido a princesa do povo e um ícone mundial de beleza. Mas para Carlos, nunca passou de um plebeia a perseguir o sonho de princesa sem nunca fazer concessões, uma Barbie anoréctica que nunca se preocupou em o compreender e o fazer feliz. Ele não se divorciou da Diana que as revistas criaram e reinventaram. Divorciou-se de uma mulher que nunca foi a companheira que ele precisou.
Carlos é hoje um homem na meia-idade, mais ponderado, disposto a ser feliz. Assumiu o amor da sua vida, ao lado de quem se sente mais completo, mesmo que isso signifique abdicar de ser rei. Assumiu um amor que tem sido enxovalhado nas bocas do mundo, nas revistas, nos jornais, nas televisões. Eu por mim, acho que ele tem agora o direito de encontrar o seu caminho, o direito de se libertar do que os outros pensam, o direito a pensar nele, o direito a ser feliz. Cada um sabe de si. Que se lixe o que pensa o mundo…!
Por: João Morgado