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Capital social da PLIE será inferior

Valor de 1,5 milhões nunca chegou a ser subscrito pelos acionistas, que reúnem amanhã para decidir novo montante

O aumento do capital social da Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) da Guarda vai ser menor do que o inicialmente acordado. O desinteresse dos acionistas e a crise estão na origem desta decisão, que deverá ser ratificada amanhã em reunião do Conselho de Administração e Assembleia-Geral (AG) da sociedade, onde também ficará decido o valor a realizar.

Em 2008, tinha sido pedido aos sócios fundadores que realizassem um aumento de capital de 1,5 milhões de euros, mas muito poucos se mostraram disponíveis a fazê-lo. O impasse arrasta-se desde então, tendo quase transformado a Sociedade Anónima (SA) numa empresa municipal por a Câmara continuar a deter a maioria do capital. Três anos depois, todos vão sentar-se à mesa enfrentar o problema: «Vamos ver na AG quantos acionistas já não estão de corpo e alma com o projeto», afirma Joaquim Valente, que também preside ao CA. O autarca da Guarda vai ainda comunicar que a Câmara só assumirá até 37 por cento do capital social, numa «posição final» que se destina a levar os acionistas a assumir a lógica empresarial e privada da PLIE. «Há parceiros interessados em subscrever o aumento de capital de forma a que a autarquia não seja o maior acionista da sociedade», revelou.

Quanto ao montante a realizar, Joaquim Valente acredita que é agora «mais difícil atingir os 1,5 milhões de euros iniciais», pelo que é necessário encontrar «uma proposta mais baixa», sendo que o valor será definido pelo CA e aprovado em AG. Nestas reuniões poderá também ficar decidida a abertura do capital a outros investidores. Lançado em 2008, o aumento de capital desta SA não foi subscrito por quase metade dos acionistas. Este recuo de algumas empresas fundadoras, como a Luis Simões, a Mota Engil, a Manuel Rodrigues Gouveia e a Sociedade Geral (ex-IPE), colocou cerca de 63 por cento do capital nas “mãos” do município enquanto os privados (os actuais ou novos) não se substituírem. Na altura, quem estava disponível para realizar o aumento de capital eram o grupo Joalto, a Gonçalves & Gonçalves, a Ecossoros, o NERGA e a Associação Comercial da Guarda.

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