Foi com um novo e colorido logotipo que a CDU – Coligação Democrática Unitária – realizou mais um encontro distrital de eleitos autárquicos e apoiantes do partido. A sessão teve como principal objectivo preparar as eleições de Outubro, mas os candidatos que falta conhecer só serão anunciados em Junho. As concelhias têm até ao final deste mês para indicar os nomes.
Contudo, João Abreu, dirigente distrital do partido, adianta que tudo está «no bom caminho» no distrito da Guarda. Mêda, Trancoso e Aguiar da Beira são os concelhos com os processos mais atrasados.
Durante o encontro, em que participou Jorge Cordeiro, da Comissão Política do Comité Central e responsável Nacional do PCP pelo Trabalho Autárquico, foram vários os apelos ao empenho «de todos os que se identificam com o ideário da CDU para concorrer a todas as Câmaras e Assembleias Municipais e a um maior número de Assembleias de Freguesia», disse João Abreu no final. Prometida está também a incorporação nestas listas de «mais jovens e mulheres». Actualmente a CDU está representada em cinco Assembleias Municipais, tem 19 eleitos em Assembleias de Freguesias e detém duas Juntas de Freguesia. Mas João Abreu acha que há condições para reforçar o número de eleitos nas Assembleias Municipais e conquistar lugares nas vereações, estando esse objectivo «mais perto de ser alcançado em Gouveia, Seia, Guarda, Manteigas e Almeida», garante. Depois do optimismo vieram as críticas à gestão autárquica dos 14 municípios do distrito da Guarda. Quase todas acusadas de falta de força reivindicativa junto do poder central, «decorrente de um insípido associativismo municipal em torno de “empresas” de gestão de água e saneamento», até «ao excessivo “presidencialismo” e tomada de decisões sem a audição dos órgãos autárquicos» ou «a conivência com os grandes poluidores», nomeadamente as indústrias de lacticínios que «envenenam» as linhas de água e lençóis freáticos das bacias hidrográficas do Mondego, Côa e Távora, entre tantas outras.