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Camas retiradas do Hospital de Seia já foram repostas

Fernando Girão exige um pedido de desculpas de Francisco Louçã e do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses

O presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda afirmou na última sexta-feira que a retirada de camas do Hospital de Seia logo a seguir à inauguração se deveu a «um erro do fornecedor».

Fernando Girão disse, em declarações à agência Lusa, que foram retiradas seis camas da unidade de cuidados continuados dois dias depois da ministra da Saúde ter inaugurado o novo hospital, a 31 de Agosto, porque «se verificou a desconformidade entre o material recepcionado e o encomendado». Referindo que «as camas foram postas no dia 22 de Julho e não para a inauguração”, este responsável explicou que só não foram substituídas antes porque o fornecedor esteve entretanto encerrado para férias. «De imediato foi solicitado a substituição, mas a firma fornecedora informou que devido ao período de férias e consequente encerramento da fábrica no mês de Agosto só poderiam proceder à substituição a partir de 15 de Setembro», justificou.

De acordo com este responsável, na passada sexta-feira foram repostas 16, já em conformidade com a encomenda. A unidade de cuidados continuados de Seia prevê 36 camas, sendo que «as restantes 20 serão entregues, provavelmente, até final do mês», informou o presidente do conselho de administração da ULS da Guarda. «Estavam lá 30, a empresa retirou seis e agora trouxe 16 e levou 10. É uma troca normal», considerou. Fernando Girão rejeita as acusações do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) de que haja nesta situação qualquer atitude «eleitoralista», defendendo que a denúncia não passou de «um processo difamatório para retirar dividendos políticos». Na altura, o SEP da Guarda, pela voz de Honorato Robalo, veio dizer que «é de lamentar que havendo uma visita ministerial para implementar novos serviços, os mesmos não estejam apetrechados por meios técnicos e humano», o que mostra que «estão a inaugurar os equipamentos à pressa, com intenções puramente eleitoralistas».

Fernando Girão constata que a unidade de cuidados continuados não está ainda sequer a funcionar, estando a abertura dependente da Unidade de Missão dos Cuidados Continuados. Depois de Francisco Louçã ter vindo a público exigir um pedido de desculpas por parte de Ana Jorge às populações da região – por ter afirmado que «aquilo que se diz lá por Seia e pela Guarda muitas vezes não corresponde à verdade» – e de ter reclamado explicações públicas da ULS, é agora a vez de Fernando Girão proferir declarações idênticas. Este responsável quer um «pedido de desculpas» de Louçã por afirmações produzidas em debates e acções políticas. Fernando Girão quer o mesmo do SEP, «porque foi em nome do SEP que foi feita a acusação» de que o hospital de Seia foi inaugurado por razões «puramente eleitoralistas».

Presidente da ULS garante que situação deveu-se a «um erro do fornecedor»

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