Arquivo

Câmara reduz passivo em 12,8 milhões de euros

Covilhã

Em 2017 a Câmara da Covilhã conseguiu reduzir o passivo em 12,8 milhões de euros, dos quais 9,6 milhões diziam respeito à dívida bancária. O anúncio foi feito na reunião do executivo na passada sexta-feira.

Segundo o presidente da autarquia, Vítor Pereira, no final do ano passado, o passivo era ainda de 92,5 milhões de euros, valor que obriga a que continuem a ser adotados «procedimentos tendentes a conter a nossa despesa, como temos feito nos últimos anos». Na sessão foi aprovado por maioria o Relatório e Contas relativo a 2017, ano em que o orçamento da Câmara tinha inscrito o valor de 37,2 milhões de euros. Na apreciação do documento, o autarca frisou que a execução orçamental foi de 78 por cento, sendo «uma das maiores taxas alcançadas nos últimos 17 anos». Vítor Pereira justificou que tal «é resultado de uma política responsável, que tem sido trilhada de forma firme e determinada para devolver ao município a sustentabilidade financeira de que ele carece».

O autarca aproveitou ainda pra recordar que pagamentos relacionados com problemas judiciais pendentes há vários anos têm influência nas contas do município e obrigaram a um aumento da dívida bancária. Os dados apresentados não convenceram Adolfo Mesquita Nunes, vereador do CDS, que preferiu abster-se por considerar que nas contas apresentadas «aumenta a dívida a curto prazo a terceiros, aumenta o resultado líquido negativo e este aumenta de forma bastante considerável, passando de 1,8 milhões de euros para 2,4 milhões de euros». O eleito fez ainda referência a «um prejuízo acumulado de 10,5 milhões de euros» referentes ao «resultado da gestão» dos últimos quatro anos. Para o centrista, a autarquia «utiliza vários artifícios orçamentais para apresentar uma taxa de execução global que aparenta um bom resultado, mas depois é possível ver rubricas cruciais com taxas de execução muito baixas, caso da construção e infraestruturas ou de estradas municipais». Na resposta, Vítor Pereira referiu que essas taxas são mais baixas porque as obras em estradas são feitas no âmbito da empresa municipal.

Sobre o autor

Leave a Reply