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Câmara prefere silo-auto em Santa Clara

Projecto para o Jardim José de Lemos abandonado definitivamente

O silo-auto projectado para o Largo Dr. João Soares, junto à escola de Santa Clara, é agora a grande prioridade da Câmara da Guarda para resolver o problema do estacionamento na envolvente ao centro histórico. A decisão foi comunicada na última reunião do executivo, na semana passada, durante a qual Joaquim Valente deixou bem claro que o parque subterrâneo do Jardim José de Lemos é «uma carta fora do baralho».

Um mandato após ter sido anunciado, aquele que foi o primeiro projecto de parque de estacionamento subterrâneo na Guarda está irremediavelmente metido na gaveta. Em contrapartida, a autarquia aposta agora na envolvente ao centro histórico e tem três locais que considera «importantes». O primeiro fica junto ao antigo ciclo, outro no futuro centro comercial da Avenida dos Bombeiros (com cerca de 700 lugares) e o terceiro sob o jardim do Largo Frei Pedro, em frente ao Governo Civil. «São os três vértices de um triângulo que tem a Praça Velha como centro», explicou o presidente da Câmara, que já apresentou estas alternativas aos responsáveis do Condomínio Comercial da zona histórica. Contudo, um dos últimos dois não avançará, já que a autarquia considera que o problema do estacionamento pode ficar solucionado com o parque da Avenida dos Bombeiros ou Largo Frei Pedro e o subterrâneo de Santa Clara. «Este tem outra vantagem: vê-se a Sé e está-se a dois passos do centro histórico», disse Joaquim Valente, para quem não há outra alternativa para «servir e bem» o “coração” da cidade.

«Já que não se pôde fazer sob a Praça Velha, fica o mais próximo possível», acrescentou. O silo-auto projectado para o Largo Dr. João Soares, aprovado na Assembleia Municipal de Dezembro de 2004, vai ser construído em regime de concepção, construção e exploração. A Câmara estima que a sua implantação possa fazer-se até três pisos para uma capacidade de 500 veículos, entre o ISACE, o largo e a zona do Solar de Alarcão, nas imediações da Sé Catedral. Já o montante da renda a pagar anualmente ao município pela constituição de direito de superfície (de 50 anos) será uma percentagem fixa – ainda não divulgada – das receitas brutas de exploração sem IVA. De resto, as obras têm um prazo de execução de 12 meses. Esta alternativa tinha sido proposta por Maria do Carmo Borges à Associação Comercial da Guarda. Na altura, a ACG terá manifestado receio de que a concretização do projecto do Jardim José de Lemos inviabilizasse o segundo – idealizado para compensar o desaparecimento de 300 lugares com a requalificação da Praça Velha.

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