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Câmara lamenta que ministro da Saúde não tenha visitado ULS da Guarda

Álvaro Amaro disse ter sido uma «desconsideração» pela Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda o ministro Adalberto Campos Fernandes não ter vindo à cidade mais alta na visita que efetuou às unidades da região na passada sexta-feira.

No final da última reunião de Câmara, realizada na segunda-feira, o presidente do município reiterou que nunca aceitará que «se esvazie» a ULS. «O ministro da Saúde não só não veio à Guarda como criou uma unidade no âmbito da Cardiologia na Covilhã», constatou Álvaro Amaro, sublinhando que não se trata de «ciúmes», mas sim de ser «contra estas medidas desgarradas». O autarca defende que o Governo devia ter estudado essa medida e ter «respeito político também pela Guarda». De resto, o edil aproveitou para anunciar que as próximas Conferências da Guarda, a realizar dentro de meses, serão dedicadas à saúde. Os vereadores do PS também esperam que Adalberto Campos Fernandes «corrija rapidamente esta omissão»: «Podia ter ido a Seia, mas teria que vir à Guarda», considerou Eduardo Brito, para quem a não visita do governante à ULS guardense foi «um mau presságio».

Já no caso do Hotel Turismo da Guarda Álvaro Amaro lamentou que a gestão do património do Estado no interior do país seja «um sofrimento», mas congratulou-se com a solução encontrada. «Desejamos que corra tudo pelo melhor e que tão urgente quanto possível possamos ver o projeto aqui apresentado, que terá via verde na Câmara», disse. A satisfação é partilhada pelos eleitos socialistas, que recordaram que a solução encontrada «tem a marca do PS, embora não nos importemos de partilhá-la» com a Câmara. Mas Eduardo Brito alertou que «ainda não chegamos ao fim do campeonato».

Portagens na A23 e A25 é «disparate que vai ser corrigido»

No final da reunião, o socialista disse aos jornalistas que o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, «está enganado e vai ter que mudar de opinião» sobre as portagens.

Para Eduardo Brito esta é uma matéria que deverá constar nas medidas de apoio ao interior: «Se estas coisas não entrarem, concretas naquilo que muda a vida das pessoas, então o que é que entra? Sonhos, doutrina, estratégia?», ironizou, acrescentando que as portagens na A23 e A25 são «um disparate que tem que ser corrigido e vai sê-lo mais depressa até do que se pensa». Já os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o número de dormidas, de hóspedes e volume de negócios em 2016 levaram o socialista a constatar que a Guarda, em comparação com a Covilhã, Castelo Branco, Fundão e «até mesmo Seia», não só «não melhorou, como se continua a afastar». O vereador considera os números «preocupantes», mas ressalva que a responsabilidade não é exclusiva da autarquia. Ainda assim, «a Câmara não pode ter ilusões», defende Eduardo Brito. Confrontado pelos jornalistas, Álvaro Amaro mostrou-se surpreendido com a questão, que não foi abordada na reunião. «Isto não é forma. Eu só falo com a comunicação social sobre aquilo que falei na sessão de Câmara», respondeu o presidente, que disse ter dados que contrariam a tese dos socialistas.

Sara Guterres

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