A Câmara da Guarda pagou 665 mil euros a vários credores na última quinta-feira. Numa cerimónia realizada ao final da tarde, no auditório do Paço da Cultura, alguns dos 118 empresários e dirigentes de associações receberam os cheques relativos a parte das dívidas de 2012 e de 2013.
Na ocasião, Álvaro Amaro revelou ainda que o município está a pagar mensalmente cerca de 200 mil euros «desde janeiro» para dar cumprimento a um acordo celebrado com «grandes credores» da Câmara da Guarda. O presidente adiantou igualmente que a autarquia tinham 31 empréstimos com a banca, um dos quais foi renegociado em termos de prazos para adiar o pagamento de dois milhões de euros em janeiro e julho. «Podíamos fazer as Festas da Cidade e ter a Volta a Portugal em vez de pagar aos nossos credores, a maior parte dos quais são da Guarda. Mas não temos dinheiro para tudo», declarou o edil, referindo que este dinheiro foi conseguido com «fundos de receitas próprias, com as transferências do Estado e com critérios de gestão rigorosa». Mesmo assim, «não pagamos toda a dívida herdada de 2012 porque liquidamos alguma de 2013 cujos encargos eram significativos para a Câmara», acrescentou.
Álvaro Amaro aproveitou ainda a ocasião para destacar que o prazo médio de pagamento da Câmara guardense diminuiu mais de cem dias: «Era de 293 dias a 30 de setembro de 2013, quando chegámos à Câmara, e hoje é de 182 dias. Por outro lado, atualmente estamos a pagar até 120 dias os compromissos assumidos por este executivo», especificou o autarca. De resto, o presidente da Câmara disse que vai analisar o Fundo de Apoio Municipal aprovado nesse dia em Conselho de Ministros, tendo chamado a atenção para o facto do assunto ser ainda um projeto-lei. «O primeiro debate na Assembleia da República será no dia 18, ainda é cedo para sabermos se vamos ou não recorrer a esse fundo», afirmou Álvaro Amaro.