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Câmara da Covilhã poupa nas despesas com pessoal

Executivo liderado por Vítor Pereira gastou menos quatro mil euros nas remunerações de janeiro em comparação com o ano transato

O Movimento Acreditar Covilhã (MAC) acusou o executivo socialista que lidera a autarquia de estar a proceder a uma «absurda e inexplicável contratação de “boys”» que implicam um encargo anual acrescido superior a 600 mil euros por ano. O presidente do município contra-ataca e levou à reunião do executivo um mapa comparativo de despesas com pessoal onde se constata uma redução de cerca de quatro mil euros em remunerações e em mais de metade das ajudas de custo.

De acordo com o mapa de gastos com recursos humanos fornecido pelo presidente do município relativo a janeiro deste ano e que estabelece a comparação com o mês homólogo de 2013, a autarquia gastou 322.533 euros em remunerações no primeiro mês de 2014 contra 326.570 euros no ano passado. No que concerne a subsídios de férias e de Natal, em janeiro deste ano foram pagos 24.083 euros contra 23.626 do ano passado e nas senhas de presença para os órgãos municipais também se gastou mais (7.855 euros) no mês passado do que em janeiro de 2013 (5.253 euros). Já as verbas relativas ao subsídio familiar a crianças e jovens são semelhantes (2.857 e 2.843, respetivamente). É nas ajudas de custo e no trabalho extraordinário que se constata um maior decréscimo quando se comparam os primeiros meses de 2014 e 2013. Em janeiro deste ano, o município da Covilhã pagou 821 euros em ajudas de custo contra 1.909 do mesmo mês do ano passado e no que concerne a trabalho extraordinário há uma diferença de 2.665 euros (7.373 em 2013 e 4.708 em 2014). Já no item subordinado aos encargos com saúde – reembolsos a comparticipações da ADSE, a autarquia covilhanense pagou 4.943 em janeiro e 5.637 no mês homólogo de 2013. Somando todas estas parcelas, o total mensal do primeiro mês deste ano foi de 367.804 euros contra 373.213 de janeiro de 2013. A maior diferença de verbas, justificada pela «alteração da contribuição da entidade para a Caixa Geral de Aposentações de 20 para 23,75 por cento no âmbito do Orçamento de Estado para 2014», surge na rubrica de encargos da entidade para sistemas de segurança social, tendo sido em janeiro deste ano de 76.580 euros e de 65.110 no ano passado. Deste modo, o total geral mensal nas remunerações de janeiro de 2014 foi de 444.385 e de 438.323 no mesmo mês do ano transato.

Vítor Pereira quis tornar o mapa comparativo de despesas com pessoal para «mostrar quem diz a verdade nesta e noutras matérias». O autarca salienta que «num período em que aumentaram os encargos com os descontos para os sistemas de segurança social», a Câmara «reduziu nos seus gastos diretos com recursos humanos». Neste sentido, o edil sustenta que «o que insistentemente se tem afirmado por alguns movimentos nada independentes é pura leviandade e demagogia que serve apenas para iludir o real estado em que deixaram o município».

Ricardo Cordeiro

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