A Câmara da Covilhã deu um parecer negativo à proposta de aumento dos preços dos transportes públicos rodoviários apresentada pela empresa concessionária, que no entanto não é obrigada a seguir o parecer. A decisão, que não é vinculativa, reuniu os votos de todos os vereadores, tendo Miguel Nascimento (PS), único vereador da oposição, apresentado uma declaração de voto.
«Apesar da posição da autarquia não ser vinculativa, quis sublinhar a necessidade de melhoria da qualidade dos TUC», referiu. Segundo o vereador, a frota em circulação é «obsoleta, os horários não estão adequados às necessidades da população, há pouca diversificação de venda de títulos de transporte e faltam infraestruturas, como sejam locais de abrigo». Para Miguel Nascimento, «a Câmara deveria tirar partido da experiência adquirida e dos conhecimentos técnicos da Universidade da Beira Interior (UBI) para começar desde já a preparar um caderno de encargos para o futuro concurso». Da parte da concessionária, Pedro Félix não faz comentários às críticas e refere que é ainda muito cedo para pensar num novo concurso, «sendo que a actual concessão só termina em Dezembro de 2008». O consórcio Auto-Transportes do Fundão/Joalto – Rodoviária da Beiras tem em circulação um total de 25 autocarros em 12 circuitos de transportes públicos na zona urbana da Covilhã.
Segundo o documento do consórcio Auto-Transportes do Fundão/Joalto – Rodoviária das Beiras apreciado pelo executivo municipal, a actualização média dos preços máximos dos Transportes Urbanos da Covilhã (TUC) ronda este ano os 2,85 por cento. «A actualização anual do tarifário é automática, tal como previsto no contrato de concessão e é baseada no valor da inflação», adianta Pedro Félix, porta-voz do grupo concessionário dos TUC, lembrando que o tarifário já está em vigor «desde 14 de Março».