A Câmara de Trancoso e a Direcção Regional de Cultura do Centro rubricaram, no sábado, um protocolo relativo à delegação de competências para a gestão e animação do castelo local, no dia em que se comemorou o 625.º aniversário da batalha de São Marcos.
«Este protocolo é absolutamente essencial para regular as relações entre o Ministério da Cultura e o município», defendeu Júlio Sarmento. O presidente da Câmara local explicou que «o castelo é um Monumento Nacional tutelado pelo Ministério da Cultura e só através de um protocolo que permita a gestão corrente do edifício é que o poderemos mostrar, para que ele seja um elemento vivo do nosso património histórico e permita realizações culturais no seu interior». O edil lembrou que «o comércio e o turismo são duas alavancas para o desenvolvimento de Trancoso. Por isso, intervir no património, atraindo pessoas, movimentamos o comércio, os serviços e a restauração.» O documento permitirá a colocação de guias turísticos no posto de turismo, a promoção da venda de “merchandising”, bem como assegura a gestão corrente e a animação do castelo. «A assinatura deste acordo será mais um passo de colaboração entre a Direcção Regional de Cultura do Centro e o município de Trancoso», considerou Júlio Sarmento, que em dia de aniversário municipal fixou a meta do futuro no «estancamento da desertificação e garantir que as pessoas fiquem, sobretudo os jovens».
Admitindo tratar-se de um «trabalho muito difícil», o autarca mostrou-se confiante, até porque «o que se está a fazer em termos de novos equipamentos e serviços que vão permitir a criação de emprego e a auto-estrada em construção que pode introduzir novas dinâmicas, são peças de um puzzle que vai compor o nosso processo de desenvolvimento», disse. O director da Direcção Regional de Cultura do Centro, António Pedro Pitta, sublinhou que «este protocolo corresponde àquilo que é o fundamental da concepção de cultura, que não é algo que se traz de fora para o interior das comunidades, mas é um modo como se vive a nossa experiência enquanto seres históricos». Por sua vez, o Governador Civil da Guarda aludiu não só à assinatura do protocolo, como ao feriado festejado naquele dia. «A unidade tem de ser cultivada e o feriado municipal deve servir para isso», disse Santinho Pacheco, considerando que «a distribuição de um conjunto de infraestruturas pelo território é absolutamente essencial para continuarmos a lutar contra a desertificação, que começa pelas terras mais pequenas». O responsável considerou também que Trancoso está, «paulatinamente, a transformar-se numa cidade cultural, de património e num pólo turístico».
Rafael Mangana
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