Conhecidas as colocações da primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, a semana passada foi reservada às matrículas dos novos alunos e O INTERIOR foi ouvir alguns dos estudantes colocados este ano no Instituto Politécnico da Guarda.
Diana Simões, de 18 anos, oriunda de Oliveira do Bairro (Aveiro) foi uma das alunas que escolheu o IPG como primeira opção. A caloira do curso de Design de Equipamento explica a preferência por «oferecer um curso numa área que gosto, que é mais direcionado e oferece mais saídas profissionais». Diana Simões admite que «podia ter optado por outros cursos na mesma área e até mais perto de casa», mas que não o fez porque «eram mais gerais e este parece-me melhor». No início de uma nova fase, a estudante espera «fazer amizades e dar-me bem com toda a gente», mas «acima de tudo passar todas as cadeiras e acabar o curso em três anos». Nina Santos e Ana Raquel Martins, ambas de 19 anos, vieram de Pinhel e entraram em Enfermagem, também em primeira opção. Escolheram o IPG por «ser próximo de casa» e oferecer o curso que pretendiam. Ambas mostram-se «expectantes para esta nova etapa», mas otimistas quanto ao futuro como alunas do IPG. «Penso que vamos gostar muito de estar cá», vaticinam.
Por sua vez, Tiago Silva, de 18 anos e natural de Seia, entrou em Desporto mas «apenas na terceira opção». Contudo, este novo aluno rejeita, para já, concorrer à segunda fase. «Vou ficar no IPG, pois quando começarem as aulas estou certo de que começarei a ambientar-me, a criar amizades, a entrosar-me na vida académica e não terei vontade de ir embora», revela. A hipótese de sair não está, no entanto, fora de questão. «Daqui a um ano logo se vê», acrescenta o jovem. O mesmo acontece com Joana Tomé, de 17 anos, proveniente de Vouzela, que entrou em Farmácia na segunda opção, logo depois de Dietética e Nutrição no Politécnico de Coimbra. «Acabei por entrar na Guarda, mas penso que fui colocada num bom curso e não pretendo candidatar-me à segunda fase», revela a caloira.
Objetivos diferentes têm outros alunos. Ivan Silva, de 21 anos, é um deles. Veio de Santa Maria da Feira e entrou em Desporto, mas apenas como quinta opção. O estudante declarou que pretende candidatar-se ao curso de Desporto e Atividade Física no Politécnico de Viseu, a sua primeira opção, «até porque fica mais perto da área de residência. Mas se não for colocado, terei de ficar por aqui», reconhece. Além do Concurso Nacional, há também novos alunos que entraram através do regime especial de acesso. A gouveense Cátia Cabral, de 26 anos, vai para Enfermagem: «Escolhi vir para a Guarda porque tirei cá o CET e gostei e perante a oportunidade de prosseguir os estudos voltei a optar pelo IPG», refere, acrescentando que «o facto de ser trabalhadora estudante pesou na escolha de um local mais próximo de casa». Para já, e contabilizando apenas o regime geral, o IPG conta com 289 novos alunos, uma subida de seis por cento face ao ano passado. Espera-se que cheguem mais durante a segunda fase, cujos resultados serão conhecidos no próximo dia 27.
Fábio Gomes 
