Com um prestigiado terceiro disco na bagagem e a popularidade em alta, Buika apresenta-se sábado à noite no grande auditório do Teatro Municipal da Guarda (TMG). Repartindo a vida entre Palma de Maiorca e Madrid, a cantora espanhola viu a carreira catapultada com duas nomeações para os Grammy Latinos do ano passado, nas categorias de melhor álbum (“Niña de Fuego”) e melhor produtor (Javier Limon).
Actualmente, é considerada a voz feminina do momento pela crítica nacional e internacional. Neste terceiro álbum, Buika visita a música popular espanhola (com as coplas), viaja até ao México e à ranchera, cantando também temas inéditos compostos por si própria e por Javier Limón. Maria Concepción Balboa Buika – o seu nome completo – tem 36 anos e raízes familiares na Guiné Equatorial, mas cresceu em Maiorca, junto a comunidades ciganas. Esta miscigenação, potenciada por uma voz amplamente elogiada, faz de Concha Buika uma estrela ascendente do flamenco, do soul, do jazz e do funk produzido do outro lado da fronteira, que se reflectiu sobretudo no tema “New Afro Spanish Generation”. A crítica especializada chega mesmo a caracterizar os seus temas como uma combinação de Tina Turner, Lola Flores e Sarah Vaughan.
Após vários trabalhos mais clandestinos em bares e clubes de jazz, a carreira a solo de Buika arrancou em 2005, com um disco em nome próprio, seguindo-se a consagração com “Mi Niña Lola”, no ano seguinte. Para o concerto de sábado, a cantora faz-se acompanhar de Ivan Lewis Melon (piano) e Ramón Porrina (“cajon”). Em Junho do ano passado, interpretou com a fadista Mariza o tema “Pequenas Verdades” – que integra o disco “Terra”, o mais recente da portuguesa – e “Mi Niña Lola”. Nesse mês integrou o cartaz da quinta edição de Festival MED de Loulé, inteiramente dedicado à “world music”. Também a solo passou pelo nosso país em Dezembro último, com um concerto no Centro Cultural de Belém.
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