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Bruxelas rejeita mais austeridade devido a Novo Banco

A capitalização do Novo Banco, que fez o défice orçamental de 2014 subir de 4,5 por cento para 7,2 por cento do PIB, «não tem consequências no défice e na dívida de 2015» e não irá afetar a trajetória de correção do défice excessivo. Quem o diz é o vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo Euro, Valdis Dombrovskis, em declarações à Lusa.

Esta operação foi realizada o ano passado e é devido às regras estatísticas comuns da UE que só agora está a ser contabilizada, mas para Valdis Dombrovskis não há dúvidas que se trata de uma situação com um impacto «pontual» e assegura que esta não é uma situação única, pois já aconteceu noutros países que «tiveram de investir dinheiro público para recapitalizar bancos».

Esta questão «é meramente contabilística» e por isso não irá influenciar o défice e a dívida de 2015, sendo assim possível cumprir as regras orçamentais da UE.

Portugal comprometeu-se a reduzir o défice para 2,7 por cento até final de 2015, mas os dados divulgados ontem pelo INE revelam que no final do primeiro semestre deste ano o défice orçamental atingiu os 4,7 por cento do PIB, um valor superior à meta.

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