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BPI abre Centro de Investimentos na Guarda

Clientes de elevado património são o alvo da estrutura financeira

O Banco Português de Investimento (BPI) abriu um balcão especializado na Guarda. Esta terça-feira, José Baptista Roque, responsável pela direcção dos Centros de Investimento do BPI, inaugurou as instalações na Rua Infante D. Henrique, em frente ao Centro Regional de Segurança Social. Sem medo da crise e da estagnação económica, o banco olha com interesse para uma população que ainda aposta na poupança, nomeadamente os portugueses emigrados.

No mesmo dia da inauguração das instalações da Guarda, que vão ser dirigidas por Carla Lamelas, o BPI abriu outros dois Centros na Póvoa de Varzim e em Barcelos. Até esta semana, o interior dispunha apenas das unidades de Castelo Branco e Viseu, contabilizando-se agora 32 por todo o país. Com este Centro de Investimentos, o BPI pretende oferecer condições que privilegiam a privacidade, a descrição e o conforto dos seus clientes. Com um público alvo diferente daquele que visita os balcões de retalho, a instituição bancária quer chegar a «clientes particulares de elevado património». Quem olhe para a cidade à luz da actual conjuntura económica não encontrará muitas pessoas com este perfil mas a verdade é que um dos públicos a que o BPI quer chegar só vem cá uma vez por ano: «Há um particular interesse no sector da emigração que nos visita regularmente, e que aqui tem um peso muito importante», explica José Baptista Roque. «Temos a noção de que o BPI já tem uma presença forte na Guarda, que se confirma pela representatividade dos nossos balcões de venda a retalho», refere.

O local vai também sedear um Centro de Empresas do banco que chegou a ter instalações para esse efeito na cidade mas, segundo Pedro Fernandes, director central da área de empresas da zona Centro, «não tinha as condições que gostaríamos que tivesse».

Até agora os clientes destas áreas eram atendidos a partir da Covilhã, mas o facto de haver na Guarda «muitos e bons clientes» fez com que abrissem este Centro na cidade mais alta. «Estamos a abrir aqui numa perspectiva de melhor serviço e mais proximidade para com os nossos clientes. Para além disso é uma parceria com os Centros de Desenvolvimento que temos vindo a efectuar por todo o país, com belíssimos resultados», justifica. O gestor faz questão de focar quer não se trata de procurar novos clientes, mas de oferecer um serviço de maior proximidade aos que já têm. «Uma estrutura mais pensada para o presente que para o futuro», pelo que os atrasos na Plataforma Logística não preocupam o BPI: «Não estamos a abrir na Guarda para o potencial que existe. Acho que a Plataforma Logística vai trazer mais negócios para a Guarda, mas nós já temos massa crítica suficiente para estarmos cá».

Os clientes poderão encontrar no local «uma assessoria financeira mais personalizada», completa José Baptista Roque. Joaquim Valente, presidente da Câmara da Guarda, esteve no local, e vê com bons olhos este novo serviço bancário: «É um sinal indicador positivo porque os bancos fazem os seus estudos de mercado e os seus investimentos nos territórios para tentar rentabilizar as poupanças e o dinheiro dos clientes». O autarca aproveitou para lançar um apelo a esses investidores: «Nunca tivemos dúvidas de que a Guarda é uma região onde existem muitos meios financeiros. Agora é preciso é pô-los ao serviço do investimento e da riqueza».

Igor de Sousa Costa

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