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Bloco de Esquerda impugna candidatura de Amaro na Guarda

Marco Loureiro pede aos eleitores que «parem de votar naqueles que têm massacrado esta cidade»

O candidato do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara da Guarda anunciou na segunda-feira que vai impugnar a candidatura de Álvaro Amaro (PSD/CDS-PP) à autarquia. O pedido foi entregue anteontem no tribunal.

O social-democrata atingiu o limite de mandatos (três) em Gouveia e «não pode» concorrer à presidência do município da sede de distrito, sustentaram Marco Loureiro e o dirigente nacional Pedro Soares, durante a apresentação da candidatura bloquista, com base no entendimento que o partido faz da lei de limitação de mandatos. «A candidatura de um certo dinossauro político vai ser impugnada porque a lei a isso obriga», disse mesmo o membro da Comissão Política Nacional do BE. Contudo, o jantar serviu sobretudo para divulgar as listas à Câmara e Assembleia Municipal. No primeiro caso, Marco Loureiro leva consigo, por esta ordem, o empreiteiro Abel Duarte, a estudante universitária Adriana Brito, o empresário Rui Costa e o estudante Adão Mota, entre outros. O gestor Bruno Andrade é o cabeça-de-lista à Assembleia Municipal, sendo acompanhado por Marco Loureiro, Adriana Brito e Tiago Silva, entre outros. A média de idades dos candidatos é bastante jovem, situando-se «entre os 25 e 30 anos», disse o cabeça-de-lista à autarquia.

Com recurso ao “power point”, Marco Loureiro apontou os temas fortes da sua campanha e sublinhou que é urgente a Guarda mudar de política e de protagonistas. A aposta na democracia participativa é uma das suas bandeiras, tendo constatado que os seus adversários já anunciaram que vão implementar os orçamentos participativos. «Mais vale tarde do que nunca, pois o Bloco já defende isso há muitos anos», declarou perante uma dezena de apoiantes. O candidato promete também «tocar onde dói», ou seja, na paragem das obras da segunda fase de requalificação do Hospital Sousa Martins e na cantina em contentores. «A falta de dinheiro é uma desculpa que o BE não aceita. Há responsáveis pelo que se está a fazer à saúde na Guarda e eles são do PS e do PSD. Os eleitores não podem esquecer isso no dia 29 de setembro», apontou Marco Loureiro.

O bloquista criticou ainda alguns adversários, afirmando que «quem anda a dizer que não há dinheiro são aqueles que enchem a cidade de cartazes e fazem megas jantares/comícios e convívios com porco no espeto». O cabeça-de-lista do BE voltou a reclamar o fim das portagens e a contestar os «terrenos caríssimos» na PLIE, tendo defendido uma «maior aproximação» entre o IPG e a cidade, assim como a reabilitação do centro histórico. Marco Loureiro reclama «a descentralização da cultura», que se traduzirá em apoios à programação nos centros culturais existentes nas freguesias. O candidato exige igualmente a reabertura do troço entre a Guarda e a Covilhã da Linha da Beira Baixa e quer revitalizar o parque municipal, que «tem que ser devolvido aos cidadãos». A finalizar, Marco Loureiro pediu aos guardenses que «parem de votar naqueles que têm massacrado esta cidade». É que, na sua opinião, a história da Guarda dos últimos anos resume-se «a promessas sobre promessas de melhorias, mas tudo continua na mesma.

Luis Martins Marco Loureiro recebeu o apoio do dirigente nacional Pedro Soares

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