Arquivo

Bispo reclama apoios para tecido empresarial

D. Manuel considera que despedimentos na Delphi são «um problema relacionado com o abandono sistemático das nossas terras pela administração pública centralizada»

O Bispo da Guarda considera que o despedimento de mais de metade dos trabalhadores da Delphi é «um problema relacionado com o abandono sistemático das nossas terras e dos nossos meios pela administração pública centralizada».

Na sexta-feira, D. Manuel Felício mostrou-se solidário com os funcionários e as suas famílias e classificou a situação de «flagelo social», reivindicando «de imediato, condições objectivas e visíveis para que os desempregados possam retomar, de novo, o seu emprego, a curto prazo». Numa nota episcopal muito crítica, o prelado admite que «o subsídio de desemprego é pouco», sendo sobretudo necessário que «os meios materiais desviados para outras zonas do país comecem a ser orientados para a nossa cidade e a nossa região». Isto porque, no distrito, «as novas empresas não têm incentivos para se fixarem e as existentes vão sendo progressivamente desactivadas, sem que nada se faça para contrariar esta tendência». D. Manuel alerta ainda que sem esses apoios o tecido empresarial da Guarda corre o risco de «ficar reduzido a zero, apesar dos investimentos na plataforma logística que, infelizmente, continua muito despovoada de empresas».

Para o Bispo, os 500 desempregados da Delphi «precisam de ter garantias fundadas de que, o mais tardar, acabado o período previsto para beneficiarem do fundo de desemprego, terão, de novo, acesso ao trabalho. E alguns, se forem ajudados com justiça, poderão mesmo criar o seu próprio emprego». Quem vai estar no terreno a apoiar as famílias afectadas serão os diversos organismos diocesanos, sendo que a Caritas disponibilizará de imediato um serviço de atendimento para «avaliar as situações e procurar soluções personalizadas».

Sobre o autor

Leave a Reply