O Museu do Azeite em Belmonte está em construção há pouco mais de três meses, mas já tem data de abertura marcada para o final deste ano. «Reproduzir o ciclo do azeite, desde as suas origens até ao produto final», é o objectivo desta iniciativa do município, assegura Amândio Melo, presidente da Câmara de Belmonte.
Com a intenção de ser um projecto o «mais adequado possível ao tema», a obra tem a particularidade de se instalar num antigo lagar, rodeado por um olival, tornando-se «perfeito para o projecto». Segundo o autarca, a escolha deste local implicou a «reabilitação do edifício», o último a deixar de laborar no concelho, e o aproveitamento de todo o equipamento instalado. Com a recuperação de toda a maquinaria, os visitantes poderão desfrutar de «demonstrações» da produção do azeite, desde a oliveira até ao produto final. Desta forma o antigo lagar ganha uma «nova vida» e o seu equipamento uma funcionalidade «há muito perdida», refere Amândio Melo. Mas os visitantes poderão compreender ainda melhor o produto e a sua história através de painéis informativos que serão colocados nas paredes ao longo de todo o espaço. Também o olival sofrerá algumas alterações, pois o objectivo é transformá-lo num espaço de lazer directamente associado ao museu e ao tema. Para o presidente, «todos os ingredientes que dão uma perspectiva clara de todo o ciclo do azeite estão reunidos para levar este projecto a bom porto».
Apesar desta obra ter um investimento de cerca de 135 mil contos, o preço de entrada será «meramente simbólico», ao contrário do Eco-Museu do Zêzere, que tem entrada gratuita, informa o autarca. Mesmo sem salas projectadas para exposições temporárias, esta infraestrutura terá uma loja de recordações, onde os visitantes poderão adquirir peças sobre o museu e o tema. Para a construção deste espaço dedicado ao azeite, a autarquia candidatou-se a fundos da Acção Integrada de Base Territorial da Serra da Estrela (AIBT), que vai apoiar financeiramente cerca de 70 por cento do total do empreendimento. A Câmara de Belmonte tem ainda em curso a construção do Museu Judaico, que deverá estar concluído em finais de 2004, e mais dois centros museológicos no castelo desta Aldeia Histórica. Estas duas obras são da responsabilidade do Instituto Português do Património Arqueológico (IPPAR).