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Beiras e Serra da Estrela é a melhor região do interior no Índice Sintético de Desenvolvimento Regional

Comunidade intermunicipal ocupa a oitava posição neste indicador do INE que mede a evolução das 23 sub-regiões portuguesas em termos de competitividade, coesão e qualidade ambiental

As Beiras e Serra da Estrela subiram um lugar, para a oitava posição, no Índice Sintético de Desenvolvimento Regional (ISDR) de 2014. Divulgado na quinta-feira pelo INE (Instituto Nacional de Estatística), este indicador que mede a evolução das 23 sub-regiões portuguesas em termos de competitividade, coesão e qualidade ambiental é o retrato de um país a duas velocidades, com mais desenvolvimento no litoral que no interior.

Contudo, a comunidade intermunicipal que junta 12 concelhos do distrito da Guarda e três de Castelo Branco não fica mal nesta análise comparativa, tendo obtido uma pontuação de 97,89, mais umas décimas que em 2013, quando ficou no nono lugar com 97,68. E continua mesmo a ser a NUT III do interior melhor classificada no ISDR, cuja média nacional é de 100 e a do continente de 100,46. Já a comunidade intermunicipal da Beira Baixa era 11ª (96,96) e a região de Viseu Dão Lafões (94,08) ocupava a 19ª posição. Sectorialmente, as Beiras e Serra da Estrela obteve a sua pior classificação no item da competitividade com o 18º lugar e uma pontuação de 86,91, tendo sido 12ª na coesão (98,48). O melhor resultado da região foi conseguido na qualidade ambiental, onde permanece na terceira posição (109,36). Comparativamente a 2013 verifica-se uma descida da pontuação na qualidade ambiental (109,42) e na coesão (99,19). Já o índice da competitividade melhorou ligeiramente (85,52).

Em 2014, de acordo com os resultados do ISDR, apenas quatro das 25 regiões NUTS III portuguesas superavam a média nacional em termos de desenvolvimento regional global – as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, o Alto Minho e a Região de Aveiro. Segundo o INE, este índice «baseia-se num modelo concetual que privilegia uma visão multidimensional do desenvolvimento regional», estruturando-o nas componentes da competitividade, coesão e qualidade ambiental. O critério da qualidade ambiental reflete «as pressões exercidas pelas atividades económicas e pelas práticas sociais sobre o meio ambiente e as consequentes respostas económicas e sociais em termos de comportamentos individuais e de implementação de políticas públicas».

Já o indicador da competitividade pretende «captar o potencial (recursos humanos e infraestruturas físicas) de cada sub-região, assim como o grau de eficiência na trajetória seguida (educativa, profissional, empresarial e produtiva) e ainda a sua eficácia na criação de riqueza e na capacidade demonstrada pelas empresas para competir no contexto internacional». Por último, o critério da coesão procura refletir «o grau de acesso da população a equipamentos e serviços coletivos básicos de qualidade, bem como os perfis conducentes a uma maior inclusão social e eficácia nas política públicas traduzida no aumento da qualidade de vida e na redução da disparidades territoriais».

Luis Martins Beiras e Serra da Estrela foi terceira na qualidade ambiental, 18ª na competitividade e 12ª na coesão

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