O Sporting da Covilhã já leva cinco jornadas sem vencer e o melhor que conseguiu em 2006 foi empatar com o Desportivo de Chaves e Varzim. No último domingo, frente ao Beira-Mar, líder isolado da Liga de Honra, a equipa de João Salcedas foi incapaz de contrariar o favoritismo do adversário, acabando derrotada pela margem mínima.
O jogo ficou marcado pela estreia do jovem Márcio Sousa, vindo da equipa “B” do Porto, que revelou bons pormenores técnicos, apesar de ainda não ter o necessário entrosamento com os colegas. A formação de Aveiro, que é a mais séria candidata à subida à SuperLiga, entrou muito forte e logo no primeiro minuto criou duas jogadas perigosas para a baliza covilhanense. No primeiro lance, Tininho ganhou em velocidade a Paulo Campos e cruzou para o segundo poste, onde Roma, com tudo para marcar, acertou mal na bola e atirou por cima. De seguida, o mesmo Tininho, de fora da área, rematou forte com o esférico a passar muito perto da baliza de Serrrão. A primeira parte foi dominada pelo Beira-Mar, enquanto o Covilhã apostava no contra-ataque para criar perigo. Aos 19 , após um canto na direita, Alcaraz surgiu em posição frontal a cabecear por cima. Dois minutos depois, Roma trabalhou bem à entrada da área e rematou forte para obrigar Serrão a uma defesa apertada.
À passagem da meia-hora, o guardião serrano voltou a evitar o golo. Rui Lima marcou um livre no lado direito e Alcaraz quase desviou a bola, que ia directa para a baliza, não fosse a defesa de Serrão. Sempre no comando das operações, o Beira-Mar voltou a criar perigo aos 39 , mais uma vez pelo brasileiro Roma, que, depois de driblar um adversário, atirou forte de fora da área, forçando Serrão a mais uma boa intervenção. A primeira oportunidade dos locais aconteceu aos 43 . Cunha assistiu Oliveira que, descaído para o lado direito, rematou cruzado para a bola passar perto do poste direito da baliza de Srnicek. A segunda parte continuou na mesma toada. Contudo, novamente em contra-ataque, o Covilhã foi a primeira equipa a criar perigo após uma boa triangulação dos seus avançados. Pimenta colocou a bola em Oliveira, que fez um cruzamento/remate, mas a bola saiu perto do poste, enquanto Luizinho chegou ligeiramente atrasado.
Aos 69 , os visitantes voltaram a estar perto do golo. Rui Lima marcou um livre na direita, só que a bola foi desviada e embateu na base do poste, ressaltando para as mãos de Serrão. O Beira-Mar tanto atacou que, aos 76 , chegou mesmo ao golo. O esférico foi bombeado para a área, onde Diakité, primeiro, ganhou nas alturas e, depois, Jorge Leitão, foi mais rápido que João Real ao desviar o esférico de Serrão, que, desta feita, nada pôde fazer. A partir daqui, o Covilhã tentou reagir, mas o melhor que conseguiu foi um remate de fora da área do estreante Márcio Sousa que saiu ligeiramente ao lado. João Ferreira fez um trabalho regular, embora tivesse estado mal no aspecto disciplinar, tendo poupado o amarelo a alguns atletas aveirenses, nomeadamente Luís Vouzela e Artur. No final, João Salcedas reconheceu que o resultado foi justo: «Quando o adversário é mais forte, só temos que nos render às evidências. O Beira-Mar tem outras armas e venceu com toda a justiça». Do outro lado, Augusto Inácio considerou que a sua equipa alcançou uma vitória «merecida frente a um opositor digno», mostrando-se obviamente satisfeito por o Beira-Mar ter reforçado a liderança em relação ao Olhanense.
Ricardo Cordeiro
