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Bastonário da Ordem dos Médicos defende imposto sobre “fast-food”

José Manuel Silva considera que este «imposto seletivo» seria uma alternativa para financiar o Serviço Nacional de Saúde.

O bastonário da Ordem dos Médicos (OM), José Manuel Silva, defendeu hoje a criação de um imposto sobre “fast-food” e «dezenas de variedades de outro lixo alimentar» para financiar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), segundo a edição online do Público.

«Um duplo cheeseburger e um pacote de batatas fritas equivalem a 2.200 calorias e é preciso uma maratona» para queimar este nível de calorias, afirmou José Manuel Silva, que incluiu também o sal nos produtos a taxar.

Falando na cerimónia de assinatura do protocolo de cooperação entre a Direção-Geral de Saúde (DGS) e a OM no âmbito da qualidade no sistema de saúde, o bastonário afirmou não ter dúvidas que esta medida irá ter a oposição da indústria agro-alimentar, mas defendeu que este «imposto seletivo» seria uma alternativa a mais cortes no sector.

«Sabemos que é preciso poupar, mas não é possível mais cortes sem pôr em risco a qualidade dos serviços», afirmou. José Manuel Silva teceu ainda duras críticas à classe política e aos governantes. O ministro da Saúde, Paulo Macedo, não se pronunciou sobre esta ideia, preferindo destacar o «esforço concertado entre o Governo e os profissionais de saúde» para «garantir a sustentabilidade do SNS e a melhoria da qualidade» da prestação dos cuidados.

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