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Balança

SIGNOS NA ESCOLA

Não ignora o leitor (ou leitora) que a independência da Índia do colonialismo britânico teve uma alma que ficou, para sempre, conhecida como o apóstolo da não-violência: Mahatma Gandhi. Ao paralisar, por completo, a vida quotidiana dos dominadores coloniais, impôs o pacifismo à consideração mundial. Gandhi, o pacifista por antonomásia, é o mais famoso dos “balanças”.

E já interiorizou bem o significado das canções de Júlio Iglesias? O que ele canta são tretas? Aceitemos que sim, mas fá-lo com magia e o seu magnetismo pode fazer sorrir o menos viril dos homens, mas, seja como for, arrasta multidões aos lugares mais luxuosos e o “jet set” está lá todo, transbordante de jóias, decotes e perfumes.

Também já alguém lhe repetiu que “os meus gostos são simples: contento-me com o melhor”, citando Oscar Wilde?

Pacíficos, sofisticados, amantes do luxo, bondosos, delicados, justos, com clara argumentação, refinados, suaves (o aperto de mão de um “sagitário” pode magoá-lo fisicamente, tal a energia; mas o de uma “balança” é surpreendente por ser, digamos, desprendido), a presença de um “balança” ao lado é sempre apaziguadora – ao menos para os signos de fogo. O (a) “balança” é, portanto, a suave brisa, a antítese da grosseria, da gritaria, da “moldura torta na parede”.

Aquele aluno agradável e reflectido, que pondera em extremo, reconhece facilmente a sua falha, bem humorado, é, todavia, extremamente ingénuo, ademais de extremamente inteligente. Diferente de outros signos solares que se identificam claramente pelo físico e atitudes, este – na melhor das hipóteses – tem, apenas, uma covinha no queixo, um par nas faces e… nos joelhos. Feitios regra geral agradáveis. Sendo Vénus a regente do signo, não admira que, na expressão, masculina ou feminina, a beleza de carácter seja manifesta. Outra obrigatória característica: a sua ponderação atinge níveis tão extremos que pode deixar-nos perplexos. A razão é simples: quando se trata de decidir não dão esse passo. Indeciso? A Infinita Inteligência do Universo – sabiamente – fez-nos a todos incompletos. E não só. Se, após uma frenética actividade, “decidem” afundar-se no sofá, são “exemplares” na sua preguiça.

O professor não pode deixar de identificá-los e, depois, de, amavelmente claro, falar com eles. Ouvi-lo-ão com total atenção, dar-lhe-ão inteira razão, mas podem, eventualmente, na perfeição, continuar a “imitar a preguiça”. Ah! E não faça juízos de valor. Os dois pratos da balança equilibram-se; e a uma época frenética tem que suceder outra de recuperação, acalmia. Esta necessidade de sono é, por exemplo, absolutamente flagrante no caso dos bebés.

Seja como for, mesmo que a ponderação extrema possa ser enervante para o professor, este deve sempre bem presente o cativante sorriso do libriano com a sua formidável aptidão para a centração e reflexão nas “matérias” mais profundas. Ademais, o afecto pelos livros e o profundo respeito pela palavra impressa é outro avantajado crédito que se lhe deve.

Já o professor de História de Arte deve saber sempre muito bem que estes regidos por Vénus sentem, na perfeição, digamos, a harmonia das cores, tal qual a harmonia nas outras diversas artes. Têm alma de artista. Ah! E se o sentir com as mãos geladas no Inverno e altamente incomodado no Verão não se surpreenda. O seu cósmico equilíbrio – nos antípodas dos excessos – quer é Outono e Primavera.

(com recurso a Linda Goodman, Guia Astrológico)

por J. A. Alves Ambrósio*

* professor

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