O serviço Intercidades da Linha da Beira Baixa é agora servido por automotoras renovadas, que começaram a circular na passada terça-feira.
Mesmo depois da linha ter sido eletrificada entre as estações da Covilhã e Castelo Branco, a CP decidiu introduzir um novo modelo de exploração que permite redução de custos «na ordem dos 1,5 milhões de euros», adiantou a empresa. No entanto, a decisão é tudo menos consensual, já que implica a substituição das habituais composições com locomotiva por automotoras renovadas no serviço Intercidades entre a Covilhã e Lisboa. A Associação de Amigos da Linha da Beira Baixa tem vindo a criticar esta opção da CP, por considerar que «a qualidade do serviço vai piorar», já que as automotoras servem sobretudo para «trajetos urbanos curtos e não para viagens de longo curso», como é o caso.
Além da questão do conforto, a associação alega ainda que as automotoras «têm uma velocidade máxima de 120 quilómetros por hora, sendo inferior à das locomotivas» que até aqui faziam o percurso entre a capital e a Covilhã. A CP, no entanto, refuta dizendo que as automotoras disponibilizadas foram «renovadas num investimento de 600 mil euros para assegurar o serviço Intercidades na Beira Baixa» e que, embora sejam «naturalmente diferentes», apresentam «um nível de conforto semelhante ao das carruagens e melhores acessibilidades, mais espaço e acesso a passageiros de mobilidade reduzida».
