O Ministério da Educação decidiu suspender o encerramento de escolas do primeiro ciclo do ensino básico com menos de 21 alunos previsto para este mês. A ideia é reavaliar o plano de reorganização da rede escolar, tendo em conta «as necessidades da população escolar e a qualidade do ensino prestado».
Em comunicado, o gabinete de Nuno Crato esclareceu que se mantém a intenção de prosseguir «uma política de racionalização» que implicará o encerramento de escolas, mas sem adiantar quando será concretizada. No caso da Guarda, a autarquia já confirmou que as escolas de Vale de Estrela e Arrifana não vão abrir este ano letivo. «A primeira porque tem cinco alunos e a segunda fecha por morte natural, dado só haver dois alunos», disse Virgílio Bento. O vereador com o pelouro da Educação recordou que, inicialmente, estava previsto fechar cinco escolas, mas que a autarquia defende a manutenção das primárias de Carpinteiro, Vila Fernando e Castanheiro por terem «entre 10 e 13 alunos». De resto, Virgílio Bento acrescentou que a reorganização da rede escolar «é necessária porque data dos anos 50» e considerou que a suspensão do processo de encerramento é sensata.
No distrito da Guarda, a medida devia afetar 33 escolas. Gouveia era o concelho com mais fechos sinalizados (7), seguido da Guarda (5), Seia e Mêda (4), Figueira de Castelo Rodrigo e Vila Nova de Foz Côa (3), Sabugal e Almeida (2). Já em Fornos de Algodres, Celorico da Beira e Aguiar da Beira estava previsto encerrar uma escola em cada município. No país, o ministério de Isabel Alçada pretendia fechar 654 escolas com menos de 21 alunos.