Diz o presidente da Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).
Os proprietários de imóveis vão pagar no próximo ano mais 1.000 milhões de euros com o aumento do IMI anunciado pelo Governo, o que significa quase duplicar os 1.160 milhões de euros cobrados em 2011, de acordo com a APEMIP.
Na véspera da apresentação do estudo sobre fiscalidade no imobiliário em Portugal, o presidente da Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, Luís Lima, antecipou o aumento «completamente insuportável»: de 1.160 milhões de euros cobrados em 2011 para 2.100 milhões de euros no próximo ano.
«Se passarmos para 2.100 milhões de euros, as famílias portuguesas não aguentam, isto é completamente insuportável, é uma desgraça», declarou Luís Lima, em reação ao aumento do Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI), resultante da reavaliação do valor patrimonial dos imóveis e da eliminação da cláusula de salvaguarda.
Entretanto, também o PS se juntou aos protestos, acusando o Governo de colocar «bombas relógio» na casa das famílias portuguesas com a possibilidade de aumentos drásticos do IMI. Na discussão do Orçamento de Estado para 2013 (OE 2013), os socialistas vão exigir a manutenção da cláusula de salvaguarda.
Em declarações aos jornalistas, o vice-presidente da bancada socialista Mota Andrade manifestou «a enorme preocupação do PS» face a um possível «aumento incomportável e abusivo do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para 2013».