Marcar pela diferença e pela qualidade da formação, é para isto que a Escola Superior de Hotlearia e Turismo (ESHT), em Seia, tem trabalhado. Esta é uma das quatro escolas do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) e o seu diretor assegura que «aqui os alunos põe a mão na massa», prova disso mesmo são os almoços que todas as quartas e quintas-feiras são preparados e assegurados por alunos de Restauraço e Catering e de Gestão Hoteleira.
O “restaurante aplicação”, como assim é chamado, tem um limite de apenas dez refeiçõs, com necessidade de inscrição prévia, mas o suficiente para que os jovens entrem em contacto com o ambiente laboral e ao mesmo tempo é uma aula no plano curricular, mas onde nada pode falhar. A atividade é aberta à comunidade, mediante o pagamento de um preço simbólico (seis euros), e que assim pode conhecer o trabalho desenvolvido pelos alunos da ESHT. Este projeto tem tido bastante adesão, «às vezes temos de recusar reservas», mas a grande mais valia destacada por Adriano Azevedo Costa é que «os alunos nestes dias fazem a formação em contexto real, como um trabalho real, mas com a supervisão dos professores».
Quando se passa da teórica à prática a oferta pode variar, se há semanas em que os pratos escolhidos são com base na cozinha portuguesa, há outras em que os alunos alargam horizontes e conhecem e reinventam a cozinha internacional. É esta formação prática que é apontada como uma das mais valias da escola localizada em Seia. «Aqui não queremos que os alunos vejam só as coisas, mas que também as pratiquem», garante o responsável, acrscentando que se torna a «grande vantagem da nossa escola em relação às outras», além disso, «temos instalações próprias para isso».
Se o equipamenro é importante, não é menos importante quem ensina os futuros profissionais. Na ESHT lecionam «um conjunto de chefs que são conceituados na região». Um deles é o professor Rui Cerveira, também chef na Casa da Esquila, que explica que ali existem «condições fanátsicas e aqui procuramos desenvolver um lado mais técnico e, ao memso tempo, mais profissional», que lhe perrmitem dar as suas aulas «de uma forma diferente», ao mesmo tempo que se torna mais fácil «localizar as dificuldades de cada aluno e trabalhar com cada um deles». Para Rui Cerveira não há dúvidas que estas condições «fazem a diferença na formação dos alunos» e garante que no curso de Restauração e Catering «só não tem emprego quem não quer», recordando, com orgulho, vários chefs que fizeram a sua formação na ESHT e que hoje são responsáveis de cozinhas de restaurantes pelo país fora e outros aventurarm-se por outro páises. Hoje, afirma Rui Cerveira «já não precisamos de ir buscar fora referências, porque formamos aqui» e esse trabalho começa logo com os mais pequenos através de workshops que vão desenvolvendo com escolas.
Business Day
Nem sempre é fácil recrutar chefs que ali possam dar aulas, por uma questão de tempo, mas «gostam de participar porque aqui podem escolher os melhores elementos para poderem trabalhar com eles, funciona como uma caça de talentos», refere Adriano Azevedo Costa.
Para a direção da escola é importante esta aproximação do trabalho dos alunos às entidades empregadoras e por vezes os clinetes do restaurante aplicação são mesmo respopnsáveis de emepresas. A pensar nesta aproximação e como todas as licenciaturas preveem um estágio prático no final de cada ano, decorreu na ESHT, no passado dia 8, o Business Day, onde estiveram presentes algumas referências do meio hoteleiro. Assim as entidades empregadoras «vêm às escolas, têm oportunidade de conhcer as competências que essas pessoas têm e podem escolher os melhores», sublinha o diretor da escola que não tem dúvidas que «só com mão de obra altamente qualificada se podem oferecer serviços de qualidade e nós estamos no bom caminho. As empresas reconhecem isso».
Ana Eugénia Inácio