Este é o principal desafio da forte campanha que não nos pode deixar passivos pois – “Mais produtos portugueses, mais Portugal” – será a máxima em que temos e precisamos de acreditar para nos ajudarmos, valorizando sempre na compra a preferência do nacional e do local, nos produtos e serviços.
Para tal torna-se necessário que os governantes deste país admitam, ainda mais, que a nossa agricultura não fica atrás de qualquer outra da Europa, a nossa formação com destaque não só na investigação, como também na engenharia, na arquitetura, na gestão e economia, já para não falar na cultura e nas artes, está ao nível dos nossos congéneres europeus e até mesmo na matemática, pois em contraponto às medíocres médias atingidas nas disciplinas de Português e Matemática – as quais promovem competências básicas para todos os indivíduos –, é agora notícia a medalha de ouro nas Olimpíadas Internacionais de Matemática, realizadas em Amesterdão, de Miguel Santos, estudante do 10º ano em Alcanena. É um resultado inédito para a seleção portuguesa. Na verdade, temos que gerar condições para minorar as consequências das notícias das medidas indicadas pela “troika”, pois transportes públicos, eletricidade e combustíveis são já mais caros este mês, temos de produzir mais para haver maior criação de riqueza e mais trabalho, investir no povo português e, como consumidores, devemos comprar o que é nosso! Esta mensagem é clara: é possível superar os constrangimentos agudizados pela atual crise económica através da prática de comportamentos construtivos e de atitudes positivas no quotidiano, familiar e profissional, de cada português. Basta valorizar mais o que é nosso.
Atitudes de valorização do que é nosso são as visitas encenadas à Sé Catedral, iniciativa histórico-pedagógica que se mistura com a promoção do turismo dirigido para todas as faixas etárias. Ajudam-nos ainda a gostar mais de nós e de onde vivemos, a Guarda é tão bonita lá de cima, tão grande e majestosa, e melhor!! Lá no alto, onde tocamos o mais “límpido azul do céu”, não se ouvem más línguas nem mal dizeres que tanto têm obstaculizado o nosso crescimento. Estas iniciativas têm tudo para serem bem sucedidas. Bem-haja Américo, mas … que tal a próxima misturar também a nossa gastronomia no sentido de promover o comércio local. E já agora um desafio para a coordenação dos pelouros da cultura e turismo, pois ainda estamos à espera da “tal imagem de marca” tão prometida em épocas de campanha eleitoral, aqui fica a dica – Sé da Guarda, o monumento histórico que toca mais perto o céu.
Mas nem tudo é bom na Guarda, os problemas de gestão financeira, os erros desta e da histórica gestão socialista têm aumentado a politicamente colossal divida da CMG que, num acto de “Help”, veio já aprovar um plano de saneamento financeiro. O curioso é que este plano implica a contratação, que se saiba, através de CONVITE, de uma empresa especializada; pergunto onde fica o novo, ou já antigo, diretor-geral, também contratado por “competências e compatrícios específicos”, e que vai cobrar qualquer coisa como 60 mil euros? Será que ouvi bem? Ora, se há necessidade desta empresa fazer o trabalho de quem afinal não o fez, a quem vão retirar ordenados para fazer face a este pagamento? Sim, porque o sr. presidente afirma que a Câmara não tem competência técnica, isto é o mesmo que dizer grosseiramente que o executivo eleito não é tecnicamente preparado para os lugares que ocupa, dado que reduzir despesa é uma decisão política, mas que agora passou a ser técnica. Então, para que são todos os técnicos que recebem mensalmente o seu vencimento na CMG, pois sendo verdade que a nossa CM excede em muito o número de funcionários, então significa que, afinal, não são tão técnicos, alguns são mesmo pertencentes ao elenco do amiguismo político que, de 4 em 4 anos, arranja festas e comezainas para o voto na “mãozinha” que lhe dá o sustento. Vergonha, aliada a incompetência, já afirmada, é esta a situação a que chegámos já de uma irresponsabilidade política grave e ridícula, enfim, sem atitude positiva.
Por: Cláudia Teixeira
* Deputada pelo CDS-PP na Assembleia Municipal da Guarda