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Associações pedem Plano de Ação Nacional para o lobo ibérico

Proposta surgiu numa reunião que juntou vinte entidades em Gouveia na semana passada

Vinte entidades pedem a elaboração de um Plano de Ação Nacional para o lobo ibérico que «oriente e defina a conservação da espécie em Portugal».

A proposta resultou de um encontro realizado no passado dia 15, em Gouveia, que serviu para debater as preocupações e expetativas dos participantes relativamente a um Plano de Ação Nacional para aquela espécie, «numa perspetiva de envolvimento de toda a sociedade e com vista à convivência sustentável com o lobo». Segundo a Liga para a Proteção da Natureza (LPN), «a complexidade e diversidade de interesses que envolve a temática do lobo ibérico resulta na necessidade de procurar consensos para a concretização de um Plano de Ação, que oriente e defina a conservação da espécie em Portugal». Num comunicado que sintetiza a reunião, a LPN adianta que foi feita a identificação dos principais temas a incluir no futuro Plano de Ação Nacional, «com vista à conservação e coexistência com o lobo ibérico», como predação no gado, fomento de presas silvestres, mortalidade da espécie, compatibilização das atividades humanas com a conservação do lobo ibérico e gestão e ordenamento do território.

A monitorização e investigação, a sensibilização, envolvimento e comunicação, os financiamentos e apoios públicos e a cooperação e articulação com Espanha são outros dos aspetos a ter em conta na elaboração e implementação do documento. Eduardo Santos, técnico da LPN, adiantou ainda que a implementação do plano será sempre da responsabilidade do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), cabendo às várias entidades abrangidas «uma palavra a dizer» na sua elaboração e execução prática. Em Gouveia, estiveram representadas vinte entidades ligadas às atividades da agropecuária, cinegética, científica, conservacionista e de gestão do território. Participaram ainda representantes do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR, guardas e vigilantes da Natureza e do ICNF, entre outros.

Plano deve ter em vista a conservação e coexistência com o lobo em Portugal

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