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Associação Empresarial da Covilhã «não cairá no vazio directivo»

Garantia foi dada por Carlos Delgado, que promete recandidatar-se caso não surjam interessados

Depois de um conturbado processo que terminou com a renúncia dos órgãos sociais eleitos a 15 de Fevereiro, a Associação Empresarial dos Concelhos da Covilhã, Belmonte e Penamacor (AECBP) não corre o risco de cair no vazio directivo. A garantia foi assumida por Carlos Delgado, ex-presidente da direcção cessante, na última segunda-feira numa conferência de imprensa onde foi reforçada a tese de que aquele organismo não passa por dificuldades financeiras.

Contudo, o empresário realça que só será «candidato se mais ninguém aparecer», sendo «certo que a associação não vai cair no vazio». «A minha vida profissional e de grande parte dos membros desta direcção não é a melhor em termos de disponibilidade. Esperemos que apareça alguém com tempo disponível, mas se não aparecer é certo que isto não irá ficar sem ninguém e teremos que fazer uma lista», sublinhou. Carlos Delgado integra a comissão administrativa, juntamente com Miguel Bernardo, José Damasceno, Jorge Silva e Júlio Dinis, que vai gerir os destinos da instituição até às próximas eleições, agendadas para 22 de Abril. O prazo para a entrega de listas termina no dia 3 desse mês, sendo que todos os cerca de mil associados serão contactados para que possam esclarecer todas as dúvidas sobre o actual momento da associação. Aliás, os elementos da comissão administrativa estão «totalmente disponíveis para prestar todos os esclarecimentos necessários para a apresentação de listas», de modo a que este seja um «processo esclarecido e que se evitem aventuras», adiantou Miguel Bernardo.

Em relação aos alegados problemas económicos que estarão a afectar o normal funcionamento da AECBP, o dirigente foi contundente: «Uma das coisas que me preocupou era o facto de nós podermos estar perante uma fila de fornecedores que viessem cobrar à pressa. Ora, isso não aconteceu, porque todas as nossas dívidas são perfeitamente normais de funcionamento e, portanto, não está minimamente em causa a continuidade da associação», sustentou. De resto, Miguel Bernardo defendeu que a entidade tem «um passivo normal», da ordem dos 180 mil euros. Contudo, enalteceu que, no panorama financeiro de qualquer entidade, têm de ser tidos em conta os activos e os capitais próprios. Nesse sentido, sublinhou que a AECBP tem «um activo de 498 mil euros e um capital próprio de 125 mil euros», revelando que o passivo «está claramente assegurado pelo activo».

A comissão administrativa anunciou ainda que pretende apostar na formação aos activos das empresas, estando para o efeito a contactar os seus sócios com o intuito de aferir das suas necessidades. «A aposta recairá na formação de activos das empresas tal como aconteceu nos quadros comunitários anteriores, até porque é para elas que nós trabalhamos», afirmou Miguel Bernardo. Noutra vertente, o dirigente revelou que a CESPRESA, empresa fundada no seio da Associação Empresarial em 2004, criou um programa de gestão de informação nas empresas que pretende vir a comercializar no futuro e que está a ser testado numa empresa das Caldas da Rainha.

Ricardo Cordeiro

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