O secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, João Ferrão, considerou, na Guarda, que é importante que o município liderado por Joaquim Valente saiba agora «passar das ideias aos actos» para a concretização do Programa Estratégico de Regeneração Urbana. O protocolo de financiamento entre a edilidade e a CCDRC já foi firmado, na última quinta-feira, tendo sido homologado por João Ferrão.
No total, a intervenção prevê 18 projectos de cariz social, ambiental, económico e cultural – previstos para o centro histórico, bairros limítrofes da Luz, Bonfim e Nª Sra. dos Remédios – ,sendo que a autarquia tem agora de submeter à apreciação da CCDRC cada um deles, individualmente. O Programa Estratégico de Regeneração Urbana para a Cidade da Guarda – que já foi, de resto, apresentado em conferência de imprensa, há três semanas – representa um investimento que ascende aos 9,2 milhões de euros, que será comparticipado em quase seis milhões. João Ferrão congratulou-se por esta «candidatura vitoriosa» na Guarda, salientado que foram aprovadas apenas seis de um total de dez apresentadas.
Por sua vez, o presidente da CCDRC, Alfredo Marques, destacou a intervenção pensada para a zona central da cidade, onde o projecto, que considerou «emblemático», prevê a modernização de mobiliário urbano e de infra-estruturas, a criação de espaços verdes, a circulação ciclável e pedonal, entre outros. Alfredo Marques referiu-se ainda com especial ênfase à construção de um centro de dia no centro histórico e à animação prevista para esta zona, todas as sextas-feiras e sábados, de Junho a Setembro, com encenações a cargo de actores profissionais. «É importante saber reter a população que foge do espaço rural», declarou o presidente da CCDRC, para depois considerar que «as cidades têm que ser activas, quer o país vá bem, quer o país vá mal».
Já Joaquim Valente afirmou que a intervenção «vem complementar o Polis dentro da sua estratégia e de certa forma contribuir para que a cidade continue harmoniosa». Para o autarca, não basta apenas ter um centro histórico «monumental» porque «o maior valor são as pessoas que lá vivem». «Queremos que o centro histórico venha a ser também um bairro da cidade», disse ainda, salientando que «houve a há que desenvolver um processo de articulação entre os bairros, serviços e estruturas viárias». São parceiros da autarquia neste programa, a desenvolver até 2011, a Junta de Freguesia de S. Vicente, a Associação Comercial, a empresa municipal Culturguarda, a Agência de Promoção da Guarda e as associações dos bairros abrangidos.