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Assinada reabilitação da ferrovia até Barca d’Alva

REFER vai investir 25 milhões na recuperação do troço entre o Pocinho e a fronteira espanhola

Está assinado o acordo para a reabilitação da linha férrea entre o Pocinho (Vila Nova de Foz Côa) e Barca d’Alva (Figueira de Castelo Rodrigo). Comprometem-se a concretizá-lo a REFER (Rede Ferroviária Nacional), a CP, o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e Estrutura de Missão do Douro.

O documento foi rubricado na passada quinta-feira, no Pocinho, a última estação da Linha do Douro, e homologado pela secretária de Estado dos Transportes. Ana Paula Vitorino garantiu que os subscritores, bem como o Governo, estão em condições de «avançar já» com a reabilitação da via, encerrada na década de 80. «Neste momento passou a ser incontornável, as instituições assumiram responsabilidades que não podem ser paradas por qualquer Governo», sublinhou. E adiantou que vai defender a sua reactivação até Salamanca, via La Fregeneda-La Fuente de San Esteban, junto do Estado espanhol, uma vez que a Junta de Castilla y León já aprovou um projecto de requalificação até à fronteira. Por sua vez, Ricardo Magalhães, coordenador da Estrutura de Missão do Douro, disse acreditar que, desta vez, «a decisão política de reabilitar a linha é um gesto efectivo, não é simulado».

Uma opinião partilhada por Emílio Mesquita, autarca de Vila Nova de Foz Côa, para quem esta ferrovia tem que «ser vista no seu todo, como uma ligação do Porto a Salamanca que atravessa quatro áreas classificadas pela UNESCO: o Porto, Salamanca, o Vale do Côa e o Douro Vinhateiro». Segundo este acordo, a REFER prepara-se para investir 25 milhões de euros na recuperação do troço, estando ainda a ser ponderada a circulação de passageiros e mercadorias, numa segunda fase, anunciou o Governo no início deste mês. As obras de reabilitação prevêem que os comboios possam atingir os 80 quilómetros por hora, mais 50 do que antes, numa intervenção ao longo de 28 quilómetros, que contará com financiamento comunitário. Cabe depois à CP encontrar o modelo de gestão a ser implementado, que deverá passar pelo lançamento de um concurso público internacional para a entrega a privados da exploração turística da linha.

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