Por duas razões. Primeira: uma criança com o prazer de partir o vidro que vai para o lixo, está sujeita a receber no rosto ou, ainda pior, na vista os estilhaços do écran (cinescópio) do televisor que está ao nível da sua cabeça. Segunda: qualquer pessoa e principalmente de idade avançada, não está para pegar no televisor e pô-lo no chão para deitar o lixo no contentor, que estava até vazio. Portanto, o mais prático foi pôr o lixo no chão à mercê dos cães, gatos e ratazanas.
Todos nós temos o dever cívico de manter, dentro das nossas possibilidades, a rua limpa, pois esta Rua Calouste Gulbenkian até tem bastante movimento. É pena ver um só ocupar o espaço de todos, principalmente aos domingos, quando há mais lixo. Aos serviços municipalizados não lhes ficava mal fazer uma vistoria aos contentores (até são bons e fortes) para que as dobradiças ficassem mais leves e aproveitar para lhes dar uma lavagem sanitária, mas em local apropriado. Tal como ir pensando nos recipientes onde se deve deitar o óleo das frituras domésticas.
PS: Três horas depois, ao passar por ali, já não vi os ditos cujos televisores, mas o lixo ficou no chão.
António do Nascimento, Guarda